Entre os dias 26 e 28 de abril, a Golegã viveu momentos de intensa celebração no I Festival do Campino, uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal da Golegã. Este evento, que teve lugar na pitoresca localidade da Azinhaga, excedeu as expectativas da organização, cumprindo todos os objetivos propostos e consolidando-se como um marco cultural na região.

O principal propósito do festival foi a valorização e enaltecimento do Campino, ícone emblemático do Ribatejo. Nesse sentido, a programação diversificada contemplou uma série de atividades que destacaram a destreza e a coragem características deste símbolo da cultura local. Desde as emocionantes entradas de touros até às demonstrações de perícia e habilidade dos campinos, passando pelas tradicionais largadas de touros e pelo famoso touro à corda, o evento foi uma verdadeira ode à tradição e à identidade ribatejana.

Além das atividades taurinas, o festival também integrou momentos de cunho religioso e cultural. A cerimónia de Bênção de Campinos e animais, presidida pelo Exmo. Senhor Padre Pedro Marques, foi um dos pontos altos, assim como a emocionante homenagem prestada a todos os campinos que ao longo dos séculos desempenharam este nobre ofício.

Destaque ainda para o magnífico Desfile Etnográfico, que contou com a participação de ranchos folclóricos, grupos de bicicletas antigas e dezenas de campinos e cavaleiros amadores, enriquecendo o colorido e a diversidade do certame.

No âmbito cultural, o festival proporcionou momentos de grande valor artístico, com destaque para o Festival de Folclore e o Encontro de Fandangos, realizados pelo Rancho os Campinos da Azinhaga, assim como para o concerto de Pasodobles e a atuação das Las Rocieras da Golegã.

A componente expositiva também marcou presença, com a exposição de fotografia “Mundo Rural”, de Joaquim Eduardo Madeira, e a Exposição de Rua “O Berço do Campino”, com fotografias inéditas de Carlos Relvas, que transportaram os visitantes para o quotidiano dos campinos em 1880.

Não menos importante foi o papel dos comerciantes locais e dos espaços de restauração, que contribuíram para a dinâmica e animação do evento, bem como o apoio dos patrocinadores e parceiros, sem os quais não seria possível realizar um festival desta envergadura.

Por fim, um agradecimento especial é dirigido às Casas Agrícolas e aos próprios Campinos, cuja participação e colaboração foram fundamentais para a concretização deste evento histórico, que promete tornar-se uma tradição anual enraizada na cultura ribatejana.

O I Festival do Campino não só cumpriu, mas superou as expectativas, consolidando-se como um acontecimento de referência na região, que celebra com orgulho e devoção as tradições e valores do Ribatejo.