Hospitais a trabalhar em serviços mínimos e constrangimentos nas consultas, exames e cirurgias programadas é o resultado da greve de hoje dos técnicos auxiliares de saúde, com uma adesão de cerca de 90%, disse à Lusa uma fonte sindical.

“Temos vários hospitais só a trabalhar em serviços mínimos, como é o caso do IPO de Lisboa, do Hospital de Santa Maria, de alguns hospitais no centro do país”, apontou Elisabete Gonçalves, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), que convocou a greve nacional.

Segundo Elisabete Gonçalves, a paralisação também está a causar constrangimentos nos exames, cirurgias programadas e nas consultas nas unidades do Serviço Nacional de Saúde.

A adesão à greve no turno da noite rondou os 80% e no turno da manhã os 90%, a nível nacional, afirmou a sindicalista.

“Está a superar as nossas expectativas, porque, naturalmente, os trabalhadores estão a perceber o quanto estão a ser prejudicados com o processo de não negociação do acordo coletivo de trabalho e a desvalorização que estão a sentir”, sublinhou.

Elisabete Gonçalves destacou como principais reivindicações dos técnicos auxiliares de saúde “a valorização da carreira, a valorização salarial, melhores condições de trabalho e a negociação do acordo coletivo de trabalho”.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais destaca que “29 mil trabalhadores são muitos trabalhadores para continuarem invisíveis”, defendendo que o novo Governo não pode continuar a ignorá-los “e a menosprezar a sua importância no SNS e na garantia da qualidade dos cuidados prestados à população”.

A greve começou às 00:00 de hoje e termina às 24:00.