A utilização do hidrogénio como fonte de energia tem sido cada vez mais discutida e considerada como uma alternativa às energias fósseis. Mas será esta a solução que vai salvar o mundo?

O hidrogénio é o elemento mais abundante no universo e é encontrado em diversas fontes, como o gás natural, o petróleo e a água. Quando o hidrogénio é utilizado como combustível, a única emissão que é libertada é a água, tornando-o numa opção muito apelativa para quem pretende reduzir a pegada de carbono.

Mas nem tudo são vantagens. O processo de produção de hidrogénio é caro e consome muita energia. Além disso, a distribuição do hidrogénio é difícil, pois ele precisa de ser armazenado a altas pressões e temperaturas. Estes fatores têm impacto no custo final do hidrogénio e na sua acessibilidade para o consumidor final.

Apesar destas desvantagens, o hidrogénio tem sido visto como uma alternativa para a mobilidade, especialmente no setor dos transportes pesados, onde as baterias elétricas ainda não são suficientemente eficientes. Porém, ainda não há uma infraestrutura adequada para a distribuição de hidrogénio a nível mundial.

Em Portugal, a academia tem-se debruçado sobre o tema gastando milhares de euros em investigação. Mas é preciso questionar se este investimento é realmente eficaz e se está a produzir resultados concretos.

A central termoelétrica de Sines, que durante anos produziu energia a partir de carvão, encerrou recentemente, obrigando os fornecedores de energia a comprar eletricidade a Marrocos, onde a energia é produzida a partir de carvão, um combustível altamente poluente.

A reconversão das centrais termoelétricas em Portugal para centrais de hidrogénio é um investimento que pode ser pouco viável a curto prazo, pois a infraestrutura ainda não está preparada e os custos são elevados. Além disso, esta reconversão teria consequências económicas para o país.

Portanto, embora o hidrogénio seja uma opção a considerar no futuro, é importante que não seja vista como uma solução milagrosa para os problemas energéticos atuais. É preciso investir em outras alternativas, como as energias renováveis e as baterias elétricas, e garantir que a infraestrutura para a produção e distribuição de hidrogénio está preparada para o seu uso em larga escala. Só assim será possível garantir um futuro energético sustentável e eficiente.

De facto, a utilização do hidrogénio como fonte de energia tem gerado opiniões divergentes na comunidade científica. Alguns defendem que o hidrogénio é uma alternativa eficaz e sustentável aos combustíveis fósseis, enquanto outros afirmam que o seu uso a larga escala é inviável e pouco eficiente.

Um dos principais argumentos dos defensores do hidrogénio é a sua limpeza e a sua capacidade de produzir energia sem emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a redução do aquecimento global. No entanto, os críticos do hidrogénio argumentam que o processo de produção e armazenamento do hidrogénio é ainda muito caro e pouco eficiente, o que dificulta a sua utilização a larga escala.

Além disso, há uma crescente perda de esperança na comunidade científica quanto ao hidrogénio ser a solução para a crise energética global. A aposta na energia do hidrogénio tem sido alvo de investimentos milionários em investigação, no entanto, poucos resultados práticos têm sido alcançados.

É preciso olhar para outras fontes de energia alternativa, tais como a fusão nuclear, energia solar e energia magnética, que têm sido apontadas como alternativas viáveis e sustentáveis. Essas fontes de energia têm potencial para revolucionar a forma como produzimos e consumimos energia e devem ser exploradas com mais afinco.

Em Portugal, a académia tem liderado dezenas de projetos relacionados com o hidrogénio, no entanto, muitos desses projetos acabam por ser pouco produtivos e pouco eficazes na prática. Enquanto isso, o país tem fechado as suas centrais termoelétricas movidas a carvão, o que tem obrigado os fornecedores de energia a comprar eletricidade produzida por carvão em Marrocos, uma fonte altamente poluente.

A reconversão das centrais termoelétricas portuguesas para produzir hidrogénio seria um investimento sem sucesso a curto prazo, com consequências económicas graves. É preciso repensar o investimento em fontes de energia alternativa e desenvolver soluções mais eficientes e viáveis a longo prazo.

Em resumo, o hidrogénio não é uma panaceia para a crise energética global, e a comunidade científica tem cada vez menos esperança na sua capacidade de solucionar a questão. É necessário investir em outras formas de produção de energia mais eficientes e sustentáveis. A académia portuguesa precisa de direcionar os seus esforços para outras áreas de investigação e o país deve repensar a sua estratégia energética para garantir um futuro mais sustentável e próspero para todos.