É incontornável o desejo de qualquer empreendedor de criar a sua própria start-up. Ver a sua ideia de negócio ganhar forma e dar os primeiros passos num mundo cada vez mais competitivo e, quem sabe, vir a afirmar-se no mercado interno ou mesmo a nível internacional.

O facto é que essa realidade pode não ser tão inalcançável como a princípio possamos pensar, principalmente se formos pessoas informadas e curiosas no que diz respeito aos mercados comercial e financeiro.

A economia portuguesa é constituída, na sua grande maioria por pequenas e médias empresas. Em muitos dos casos até mesmo microempresas. Neste contexto, o crescimento das start-ups no nosso país é cada vez mais acentuado e acelerado e estas empresas representam já 1,1% do PIB português.

Esta dinâmica de crescimento e de expansão das start-ups e do empreendedorismo em Portugal que coloca já o nosso país no centro da Europa nesta matéria, compreende uma janela de oportunidade para qualquer iniciativa ou projeto que vá ao encontro dos interesses e das necessidades comerciais e financeiras destas empresas emergentes. São exemplo disso os espaços cowork em Lisboa.

Estrategicamente situados nos grandes centros urbanos como Lisboa ou Porto, estes espaços oferecem, aos seus utilizadores, infraestruturas modernas e equipadas com amplos espaços quer de trabalho quer de recreação e lazer, capazes de oferecer a colaboradores e empresas os meios e o conforto necessários para desenvolver os seus projetos.

O LACS é um bom exemplo deste tipo de espaços de coworking em Lisboa, disponibilizando já três espaços na grande Lisboa, num total de cerca de vinte mil metros quadrados de área onde estão instaladas 250 empresas.

Esta é, justamente, a resposta oportuna que os espaços de cowork vieram oferecer ao crescimento do número de start-ups em Portugal, bem como à demanda de propostas competitivas que viabilizem e os seus projetos.

A vantagem mais marcante da utilização destes espaços é a de poder juntar, no mesmo espaço físico, vários projetos do mesmo espectro empresarial, criando um ecossistema de proximidade e cooperação que ajude a impulsionar as empresas emergentes e que seja, paralelamente, um estímulo à criação de novos projetos e à promoção de iniciativas que promovam a partilha de conhecimento, de experiências e de networking.

Embora não possamos negar que houve um abrandamento na procura por este tipo de espaços, principalmente por parte das start-ups, que constituem uma fatia bastante significativa dos seus utilizadores, principalmente devido ao período pandémico que atravessámos recentemente; a verdade é que, como noutros casos, também este negócio dá já sinais de recuperação. Nalguns casos esse abrandamento nem sequer foi sentido de forma significativa.

«Temos sentido uma crescente procura por parte de nómadas digitais fundadores de start-ups ou que fazem parte das equipas e estão em regimes remotos. Ao mesmo tempo, sentimos um aumento da procura por parte de empresas que largaram os seus escritórios durante a pandemia e que, agora, sentem a necessidade de voltar a juntar as equipas, num espaço físico, ainda sem regressar ao modelo anterior», testemunha o sócio fundador do LACS, Miguel Chito Rodrigues. É de salientar que, no caso destes espaços a taxa de ocupação situa-se, ainda, entre os 95 e os 100 por cento, muito próximos dos valores pré-pandemia.

Há quem defenda que estes valores se devem ao facto de os empresários terem percebido que, por um lado, o trabalho remoto é, em muitos casos, uma solução perfeitamente viável e, por outro lado, que esse mesmo trabalho remoto desenvolvido inteiramente a partir de casa, não é tão produtivo e muito menos saudável.

Estavam, assim, criadas as condições para que os espaços de cowork se reafirmassem como uma opção intermédia, entre o trabalho remoto no domicílio e o trabalho de escritório nas empresas ditas tradicionais. Esta é, aliás, uma das grandes vantagens quando se opta por trabalhar num espaço como o LACS, e outros, que oferecem seus utilizadores uma infraestrutura que, simultaneamente, está preparada e equipada para o trabalho empresarial e para momentos de conforto e lazer.

Utilizando, ainda o exemplo do LACS, este passou a disponibilizar um maior número de planos de forma a oferecer propostas mais flexíveis para os seus utilizadores como o objetivo de ir ao encontro das mais variadas necessidades operacionais de empresas e trabalhadores remotos.

Estes planos, que eram mensais e anuais, passam a ter a opção de serem semanais ou até diários e têm ainda a vantagem de poderem ser utilizados em qualquer um dos espaços de cowork desta empresa. Como em todos os negócios, garantir uma oferta que vá ao encontro das necessidades dos clientes, é promover a continuidade da procura.

Imagem: (Tumisu  / Pixabay)