O CNEMA, em Santarém, recebe este fim-de-semana a primeira edição fora das grandes cidades de Lisboa e Porto, num evento que leva à cidade mais de 30 mil pessoas, oriundas de todo o país e estrangeiro.
Às 11 horas, eram milhares aqueles que aguardavam ansiosamente a abertura das portas do festival que reúne o melhor da cultura japonesa, duplicando por estes dias a população do concelho de Santarém, pois são esperados mais de 30 mil visitantes para o evento, que tinha desde quinta-feira as entradas esgotadas para o primeiro dia.
André Manz, organizador do evento, explicou ao NS que a escolha de Santarém decorreu de forma natural, pois a organização “procurava um espaço mais amplo”, e sendo conhecedores das potencialidades do CNEMA para a realização de eventos, e do trabalho que é desenvolvido pelas equipas do CNEMA e da Câmara Municipal de Santarém, uma vez que a sua empresa organiza também o Portugal Fitness, foi fácil instalarem-se em Santarém, cumprindo assim o desejo de sair de Lisboa, onde se realizaram as doze primeiras edições do evento.
Considerando que a aposta em Santarém acabou por ser um risco, uma vez que estamos a falar de um evento urbano, teve o seu risco, “quase como calcular hoje os resultados do futebol”, a organização acautelou todos os detalhes, desde o transporte, com acordos com as transportadoras, autocarros a preço simbólico entre Lisboa e Santarém, e descontos em cadeias de comida. “Tentamos criar situações que facilitasse a vida aos jovens para virem a Santarém e desmistificar que Santarém está aqui mesmo ao lado, a 50 minutos de Lisboa”, referiu André Manz.
Santarém tem garantida a organização do “maior evento da cultura pop japonesa de Portugal, e um dos maiores na Península Ibérica”, nos próximos três anos, sendo que “a intenção é continuar”, pois o balanço do primeiro dia é altamente positivo.
Este é um evento que reúne toda a cultura japonesa, que está presente no nosso quotidiano diário, seja na comida, na televisão, nos videojogos, e que é transversal a várias idades.
Nos Pavilhões do CNEMA, além de muitos visitantes devidamente caracterizados, é possível ver os mais diversos artefactos da cultura japonesa, em todas as suas vertentes, jogar videojogos de origem japonesa, ou provar as iguarias da sua culinária.
Presente na abertura do evento esteve João Teixeira Leite, Presidente da Câmara Municipal de Santarém, que considera que este é mais um dos exemplos da “Capital do Ribatejo a afirmar-se dia após dia, mês após mês, ano após ano”.
“São 30.000 pessoas”, que representam tantas pessoas como as que vivem no concelho de Santarém, e que vão durante este fim de semana “usufruir da nossa cidade e do nosso concelho”, pois “todos os hotéis e restaurantes estão cheios”, reflexo da aposta da autarquia em atrair para o concelho grandes eventos.
Considerando que o “CNEMA é uma infraestrutura muito importante do nosso concelho”, João Teixeira Leite destacou a capacidade mobilizadora da infraestrutura, não só para este evento, que depois de 12 anos na capital escolheu Santarém para se instalar, como para outros que ali se vão realizar.
O autarca considera que Santarém é “uma cidade inclusiva, uma cidade aberta, neste caso a uma cultura específica, a japonesa, que se mobiliza em torno das bandas desenhada, dos jogos, das dinâmicas culturais deste território”, demonstrando-se “ impressionado com a forma como os jovens, e os menos jovens, estão a encarnar essas mesmas personagens”.
“É um evento diferente, mas vai ao encontro daquilo que é a nossa estratégia dinamizar o nosso concelho através da promoção de grandes eventos”, concluiu João Teixeira Leite.
O Município de Santarém está também presente no evento, através da empresa municipal Viver Santarém, promovendo as suas potencialidades, “estamos a distribuir os nossos mapas turísticos e a promover o nosso complexo aquático”.
