
O tempo médio de espera para um transplante renal no país é de aproximadamente cinco anos, o que representa um desafio significativo para os pacientes em lista de espera.
Cristina Jorge ressalta a importância da doação de órgãos em vida, mencionando um caso altruísta do ano anterior, em que um dador de rim doou o órgão para desconhecidos. Para ser um dador de rim vivo, a pessoa deve estar saudável e livre de doenças que impeçam a doação, seguindo as orientações internacionais de segurança.
A presidente da SPT também destaca o programa nacional e internacional de doação renal cruzada, que visa aumentar a compatibilidade entre doadores e receptores, especialmente quando há incompatibilidades entre os pares. Essa iniciativa possibilita que os recetores possam receber de um dador compatível de outro grupo, aumentando suas chances de sucesso no procedimento.
Os transplantes renais têm o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida e a expectativa de vida dos doentes que são transplantados. De acordo com dados de 2022, os rins são os órgãos mais frequentemente transplantados em vida em todo o mundo, representando 53,2% de todos os órgãos transplantados nesse ano.
É importante destacar que a doação de órgãos em vida, além dos rins, também pode ser realizada para fígado e partes do pâncreas. Entretanto, o transplante de partes do pâncreas não é realizado em Portugal atualmente.
Esse cenário reflete a necessidade contínua de sensibilização e conscientização sobre a importância da doação de órgãos, para que seja possível oferecer uma oportunidade de vida melhor para aqueles que estão na lista de espera por um transplante renal.
Em suma, a situação atual do transplante de rim em Portugal destaca a importância do apoio à doação de órgãos em vida, do desenvolvimento de programas de doação cruzada e da busca por soluções que possam reduzir o tempo de espera dos pacientes, oferecendo-lhes uma chance de melhorar sua qualidade de vida e saúde.