
O sismo de magnitude 8,8 que abalou a península de Kamchatka, na Rússia, durante a madrugada de terça-feira, continua a ter repercussões em diversos países da orla do Pacífico. As autoridades sísmicas e de proteção civil dos países afetados estão a manter alertas ativos e vigilância reforçada devido ao risco de réplicas e novos movimentos de placas.
Rússia: primeiras ondas e evacuação nas Ilhas Curilas
Ondas de até 5 metros atingiram áreas costeiras das Ilhas Curilas, levando à evacuação de cerca de 2.700 pessoas em Severo-Kurilsk. O governo russo ativou o estado de emergência na região. Até ao momento, não há registo de vítimas mortais, mas os serviços de emergência continuam a monitorizar a zona com reforço das equipas de salvamento e análise estrutural.
Japão: quase dois milhões de evacuados
A Agência Meteorológica do Japão ordenou a evacuação de 1,9 milhão de pessoas em várias províncias do norte e leste do país. Foram registadas ondas com 1,3 metros de altura em algumas zonas costeiras. Os serviços de emergência mantêm-se em alerta, apesar da redução gradual do nível de perigo. As autoridades continuam a recomendar cautela junto ao mar, face ao risco de novas ondas e réplicas.
Estados Unidos: impacto controlado no Havai
O arquipélago do Havai registou ondas com mais de 1,7 metros, provocando evacuações localizadas e o cancelamento de voos em algumas ilhas. A costa Oeste dos Estados Unidos e o Alasca mantiveram os alertas durante a manhã, entretanto desativados. As populações foram aconselhadas a evitar zonas costeiras enquanto os serviços geológicos continuam a monitorizar o nível do mar.
Outros países em estado de vigilância
Autoridades de Chile, Peru, Nova Zelândia, Filipinas e Taiwan mantêm sistemas de alerta ativos, embora não tenham sido registados impactos significativos até ao momento. A vigilância será mantida nas próximas 48 horas.
Sismólogos alertam para novas réplicas
Especialistas alertam que o sismo poderá ter réplicas de elevada intensidade nos próximos dias. A zona afetada está localizada numa das áreas tectonicamente mais ativas do planeta, o que justifica a manutenção dos planos de contingência em diversos países do Pacífico.