Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao primeiro trimestre de 2025 indicam um crescimento acentuado dos preços da habitação nas sub-regiões do Alentejo, com destaque para o Alto Alentejo, que registou a maior variação homóloga do país.

Segundo o relatório, a sub-região do Alto Alentejo registou um crescimento homólogo de 51,6% no preço mediano da habitação, o mais elevado entre as 26 sub-regiões NUTS III de Portugal. Também no que respeita ao número de transações, esta sub-região apresentou um crescimento de 32,2% face ao primeiro trimestre de 2024, colocando-se entre as cinco com aumentos superiores a 30%.

A sub-região do Alentejo Litoral destacou-se igualmente, com um preço mediano de 1 944 euros por metro quadrado para habitações adquiridas por famílias, valor próximo da média nacional de 1 986 euros por metro quadrado. No que respeita aos restantes setores institucionais que não as famílias, o valor foi de 1 654 euros por metro quadrado, também acima da média nacional nessa categoria.

O Baixo Alentejo registou um aumento de 34,6% no número de transações, valor igualmente significativo no panorama nacional. No entanto, em termos de preço por metro quadrado, a região manteve-se entre as mais acessíveis do país.

O Alentejo Central apresentou um preço mediano de 1 117 euros por metro quadrado, ficando abaixo da média nacional, mas ainda assim com crescimento positivo em relação ao período homólogo. Esta sub-região registou igualmente um acréscimo no número de transações, acompanhando a tendência nacional.

Os dados relativos ao setor institucional e ao domicílio fiscal dos compradores mostram que, apesar da diferença de preços entre compradores nacionais e estrangeiros ser mais acentuada em regiões como o Algarve ou a Grande Lisboa, o Alentejo Litoral surge como uma das poucas sub-regiões do país onde os preços praticados a compradores institucionais estrangeiros se mantêm acima da média.