
Segundo uma investigação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no Brasil, e publicada na revista Neurology, o consumo de álcool em excesso pode danificar o cérebro e duplicar o risco de demência.
A investigação analisou cérebros de mais de 1.700 pessoas que morreram com idade média de 75 anos. Descobriram que quem consumia mais álcool teve mais 133% hipótese de vir a ter lesões cerebrais do que as pessoas que não bebiam.
"O consumo excessivo de álcool é um grande problema de saúde global, associado ao aumento de problemas de saúde e morte", revelou em comunicado de imprensa Alberto Fernando Oliveira Justo, um dos responsáveis pelo estudo.
"Observámos como o álcool afeta o cérebro à medida que as pessoas envelhecem. O estudo mostra que o consumo excessivo de álcool é prejudicial para o cérebro, o que pode levar a problemas de memória e raciocínio", continua.
Concluíram ainda que pessoas que deixaram o álcool, mas que tinham um historial de excesso, tinham ainda 89% de hipótese de vir a ter lesões cerebrais.
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