Morreu o príncipe Karim Aga Khan IV, esta terça-feira, aos 88 anos. O líder dos muçulmanos xiitas ismailis e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) encontrava-se em Lisboa, onde acabou por morrer “rodeado pela família”. A notícia foi avançada pela AKDN através de um comunicado partilhado nas redes sociais.
“Os líderes e funcionários da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento apresentam as nossas condolências à família de Sua Alteza e à comunidade Ismaili em todo o mundo. Ao honrarmos o legado do nosso fundador, o Príncipe Karim Aga Khan, continuamos a trabalhar com os nossos parceiros para melhorar a qualidade de vida de indivíduos e comunidades em todo o mundo, como ele desejava”, pode ler-se.
A mesma nota dá ainda conta que o nome do sucessor do líder espiritual será conhecido em breve. De acordo com a SIC Notícias, a escolha recairá sobre um dos seus três filhos homens: Hussain, Rahim e Aly.
Descendente do profeta Maomé e líder espiritual de 15 milhões de fiéis muçulmanos, Karim Aga Khan era considerado como um "Deus na Terra" ao mesmo tempo que era um dos homens mais ricos em todo o mundo.
A fundação Aga Khan foi criada em 1967, dez anos depois do líder espirutal ascender ao IsmailiImamat. Em 1983, essa mesma fundação passou a ter sede na Lapa, em Lisboa.
Em 2017, Aga Khan recebeu o título de doutor Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa. Uma cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e apadrinhada por Francisco Pinto Balsemão. A cidadania portuguesa foi-lhe atribuída em 2019 pelas ações desenvolvidas em prol da República Portuguesa.