
Jorge Nuno Pinto da Costa morreu este sábado, dia 15 de fevereiro, aos 87 anos. A notícia da morte do antigo dirigente do FC Porto foi anunciada pela TVI. Segundo o canal, Pinto da Costa morreu ao final da tarde deste sábado, pelas 19 horas.
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“Todos estavam à espera que viesse a acontecer”
Sandra Felgueiras marcou presença no Jornal Nacional da TVI para falar sobre o antigo presidente do FC Porto. “Era uma questão de dias”, começou por dizer a jornalista da TVI, antes de dar as suas condolências à família: “Eu soube da notícia pouco tempo depois de ter ocorrido. Obviamente que todos estavam à espera que viesse a acontecer.”
“Eu tive oportunidade de falar com Jorge Nuno Pinto da Costa ainda esta semana. Só esta semana é que eu verdadeiramente senti que a saúde dele já não era, de facto, a mesma“, confessou Sandra Felgueiras. “Foi no momento em que ele escreveu o duro comunicado contra Vilas Boas, defendendo-se das acusações que constam da auditoria feito às contas de FC Porto, garantido que não tinha deixado apenas 100 euros na conta. E ele estava zangado, mas ao mesmo tempo, eu já percebia que ele tinha alguma dificuldade em falar. Eu só o conheci em julho passado, na altura em que lhe propôs fazer a entrevista e ele disse: ‘Sim, eu vou-lhe dar a minha última entrevista e vai ser mesmo a última‘”, continuou.
Após essas palavras, Sandra Felgueiras referiu que, após essa entrevista, criou-se uma espécia de relação entre os dois. “E foi curioso que, a partir desse momento, estabeleceu-se entre nós uma rápida relação profissional, mas também intensa. Jorge Nuno Pinto da Costa, que eu vou recordar para sempre, independentemente daquilo que a justiça aferiu, é de um homem de convicções muito fortes e com uma enorme inteligência, que conseguia sempre transmitir ao outro aquilo que era a sua linha de pensamento com muita clareza. E ele foi contactamente comigo estes últimos seis meses com muita, mesmo muita regularidade. Falámos de tudo, do país, de Ramalho Eanes, da admiração que ele tinha por Ramalho Eanes. Ele teve a sorte, como ele dizia, que Ramalho Eanes o fosso visitar quando ele estava doente, mesmo no hospital. (…) Outra questão que me marcou bastante foi o amor à mãe, o amor à família, o estar tranquilo com a morte, o estar tranquilo que esse dia iria chegar inevitavelmente e que ele sabia que, na cabeça dele, iria encontrar-se com a mãe e ter deixado escrito exatamente como queria que este funeral acontecesse. E ele não quer, de facto, que as pessoas que estão hoje em dia no FC Porto estejam no funeral“, disse ainda.
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Texto: Rita Velha Fotos: Impala