
Nininho Vaz Maia está na ordem do dia após ser suspeito de tráfico de droga. Este sábado, dia 10, o cantor regressa aos palcos com um concerto na Queima das Fitas.
No passado, o cantor de sucesso foi entrevistado por Pedro Teixeira da Mota e aludiu ao facto de ter “síndrome de impostor”.
“A minha pancada é eu nunca me acho tão ao nível dos outros, porque não me sinto músico. Toco um pouco de guitarra, mas quero saber tocar pelo menos guitarra e piano. Por exemplo, eu não sei notas, ouço os músicos a falar… Vejo estes gajos a tocar para caraças e a cantar para caraças e não vai encher salas e não está no mesmo nível que eu, e se calhar merecia e estudou mais que eu“, começou por explicar.
“Por alguma razão somos nós que estamos aqui, existe uma razão que um dia vamos descobrir, mas também tenho esse inimigo cá dentro. Não fico [contente]. A minha equipa e pessoas próximas perguntavam-me muito: ‘Espera aí, mas não estás contente?’ Eu estou, mas não é da mesma forma. Não estou a rebentar, não estou a sorrir“, continuou.
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“Tenho uma entrevista ou tenho de ir à televisão cantar em direto ou o que for e uma semana antes já estou a dormir menos do que devia, porque acordo com a preocupação. Estou 24 horas no carro a ouvir a minha música que já fiz e que já passei horas em estúdio… no dia a seguir, faço ‘play’ outra vez estou a ouvir a música. “Passou uma semana e só ouvi aquela música. Castigo-me muito“, esclareceu ainda.
Por fim, Nininho deixou claro que a autocrítica constante torna a vida profissional mais desafiadora: “No fundo, merecemos. A gente trabalha. Temos de mandar o impostor embora. A mim mata-me às vezes. Estou mesmo nesta fase de aprender a gerir tudo, este turbilhão todo“, rematou.