Nininho Vaz Maia está acusado de estar envolvido numa rede de tráfico de droga, tendo sido constituído arguido no processo por branqueamento de capitais. Tudo aconteceu esta manhã, 6 de maio, mas esta não é a primeira vez que o cantor está a braços com a Justiça.

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“Não senti medo por saber que ia preso”

Em 2013, quando tinha 26 anos, o artista esteve um ano e 15 dias em prisão domiciliária por ter estado envolvido numa rixa. Em janeiro deste ano, no Alta Definição, Nininho Vaz Maia falou sobre o ocorrido e contou que interveio na rixa para ajudar um amigo. “Foi tão automático, nem deu tempo para pensar. (…) Para ser muito sincero, era uma coisa muito normal de acontecer. Nos sítios onde parávamos as mentalidades, as mentalidades que paravam nesses espaços, sabíamos que 90% [das vezes] era muito provável ao fim da noite pegarmo-nos uns com os outros e vencesse o melhor”, contou a Daniel Oliveira.

O apresentador questionou quais tinham sido as “razões para a discórdia” e o cantor não se inibiu de responder: “Álcool, principalmente, ou porque já não gostávamos uns dos outros”.

Apesar das consequências – ter ficado em prisão domiciliária – Nininho Vaz Maia assumiu que voltar a meter-se na briga para defender o amigo. “Sim. Acho que sim, se não estou a ir contra os meus valores que foi assim que fui criado. Porque hoje podia estar a arrepender-me de não me ter metido ou de ele não estar cá, ou estar gravemente ferido”.

Sobre a pessoa que agrediu, o cantor contou que “ficou magoada, ficou ferida”. Nininho Vaz Maia acabou por recordar que as detenções aconteciam com frequência durante a sua infância e adolescência. “Senti raiva. Por muitas horas ainda estava com álcool no corpo e senti-me corajoso. Também porque cresci a pensar que um dia me ia passar a mim. Se passou a todos à minha volta, à minha família e aos meus amigos, acabas por crescer a saber que é destino ou a mentalizares-te. Isto para dizer que não senti medo por saber que ia preso”, contou.

O artista não avançou com detalhes mas contou que, em 2013, já tinha alguns precedentes criminais “de outras coisas”.

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Texto: Carolina Marques Dias Fotos: Impala e redes sociais