O caso está a chocar a imprensa estrangeira e já chegou até Portugal. Uma criadora de conteúdos digitais australiana, cujo nome não foi revelado, foi acusada de envenenar uma bebé para conseguir obter mais seguidores e donativos.

De acordo com a BBC, a acusação partiu das autoridades de Queensland, de onde a mulher é residente. Isto porque após meses de investigação, a polícia estatal chegou à conclusão de que a influencer torturava a menina, deixando-a numa "imensa angústia e dor", para, alegadamente, fingir uma batalha da menor contra uma doença terminal - de onde conseguiu arrecadar 60 mil dólares australianos (o que equivalente a cerca de 36 mil euros) por conta de um GoFundMe que criou.

A publicação explica de que os primeiros alarmes soaram na unidade hospitalar onde a bebé esteve internada em outubro do ano passado, 2024, depois de ter dado entrada de urgência com um episódio médico grave, onde foi notório um "grave sofrimento emocional e físico".

Da investigação ao tribunal

Ao abrirem a investigação e com o decorrer da mesma, soube-se ainda que, entre agosto e o mês da entrada no hospital, a mulher alegadamente deu à criança vários medicamentos prescritos e de farmácia, sem qualquer aprovação.

Em declarações aos jornalistas da BBC, o inspetor-detetive da polícia de Queensland, Paul Dalton, não conteve a revolta. "[Não há] palavras para descrever o quão repulsivas são ofensas desta natureza", disse, acrescentando que atualmente a bebé está "segura e bem".

Apesar de mais pessoas terem sido investigadas, apenas existiram evidências para acusar a mulher de 34 anos. A influencer enfrenta agora acusações de tortura, administração de veneno, fabricação de material de exploração infantil e fraude. Deverá comparecer em tribunal esta sexta-feira, 17 de janeiro.