
Luísa Sobral foi a mais recente convidada do podcast da Blitz, Posto Emissor. À conversa com Lia Pereira, a cantora e compositora falou sobre o seu primeiro romance, Nem Todas as Árvores Morrem de Pé, mas também sobre a relação que tem com a fé.
"Eu sinto que a minha educação religiosa me afastou da Igreja. Acho que não é o objetivo, mas foi o que aconteceu comigo (...) Eu acredito em Deus, eu não acredito é na Igreja", começou por explicar.
Ainda que assim seja, e que mantenha a sua crença, a artista, irmã de Salvador Sobral, acredita que serão os sacerdotes jesuítas que a conduzirão de novo "à missa". "Eu sou bastante 'fã' dos padres jesuítas. Eu acho que a maneira jesuíta de ver a vida e de falar sobre o amor, as relações humanas, é muito interessante e por isso eu gosto muito deste Papa", explicou, mencionando o nome de Francisco, que faleceu posteriormente à entrevista, esta segunda-feira, 21 de abril.
"Acho que a Igreja ainda está muito antiquada em tantas coisas, mas acho que os jesuítas vêm trazer uma visão mais moderna à religião, de maior aceitação, da diferença e acho que a religião tinha de fazer esse caminho porque não podia continuar a olhar sempre para trás e a interpretar a Bíblia como se vivêssemos há não sei quantos anos. Temos de perceber que aquilo foi escrito realmente há muito tempo e que já não se adequa aos tempos que vivemos. Acho que tanto o Papa, como os jesuítas em geral fazem isso", concluiu Luísa Sobral.