Atualmente, Ângelo Rodrigues atravessa uma fase delicada no que diz respeito à sua saúde. O ator encontra-se internado nos cuidados Intensivos do Hospital de São José, em Lisboa Hospital de São José, em Lisboa, depois de ter sido encontrado inconsciente num quarto de hotel "sob um cocktail de álcool, drogas e medicamentos", de acordo com a TVI. O ator sofreu uma pneumonia por aspiração (infeção respiratória grave), tendo sido colocado em coma induzido.
As mais recentes notícias dão conta de uma melhoria do estado de saúde de Ângelo Rodrigues. No entanto, esta não é a primeira vez que o ator atravessa um período menos positivo no que diz respeito à sua saúde. Em 2019, o artista correu perigo de vida, na sequência de uma infeção grave na perna, que o deixou em coma durante quatro dias e levou a um internamento de dois meses,
No programa Alta Definição, exibido em setembro de 2023, Ângelo Rodrigues recordou o período da sua hospitalização, em 2019, e o longo processo de recuperação que se sucedeu. Numa conversa intimista com Daniel Oliveira, o ator confessou que chegou “várias vezes” a temer pela sua vida.“A partir do momento em que acordei do coma de quatro dias, toda a gente que estava à minha volta tinha os semblantes muito pesados e eu não entendia bem o que estava a acontecer“, referiu.
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Além das cirurgias e dos tratamentos exigentes a que foi submetido durante a sua hospitalização, o ator deparou-se ainda com a falta de autonomia, mesmo nas tarefas mais simples. “Nas primeiras semanas após o coma não tinha autonomia absolutamente nenhuma e então tinha sempre duas pessoas, duas mulheres ou dois homens, a tratar da minha higiene pessoal. Portanto, de um lado estava ligado por uma algália na uretra, do outro lado fazia as minhas necessidades, mas tinham de limpar o meu corpo. Sentia-me como se fosse um verme. Isso era esmagador para mim, estar nessa posição. Como assim, chegar a esta idade e não ter autonomia absolutamente nenhuma?”, questionou na altura.
“Tinha sempre de me concentrar bastante para não desabar emocionalmente naquela coisa de não conseguir mesmo lavar o meu corpo. Não conseguia fazer absolutamente nada, tinham de fazer tudo por mim. Recordo o momento em que o [enfermeiro] Manuel me deu a esponja para eu me limpar pela primeira vez e dito isto, a esta distância, parece uma coisa ridícula. Mas naquele momento, o meu universo inteiro estava concentrado naquela tarefa e aquilo era o trampolim e o início da minha recuperação”, recordou ainda.
No que diz respeito às pessoas que estavam à sua volta naquela altura, o ator destacou o cuidado para que o seu ânimo não fosse abalado. “Devo dizer que nas visitas, as pessoas tinham sempre esse cuidado de não passar essa negatividade, porque eu entendia que todo esse clima negativo gravitava ali à volta do hospital e na imprensa. Portanto, sentia que como estavam preocupados com o meu bem-estar emocional, as pessoas preocupavam-se em ter sempre um sorriso na cara, pelo menos dizer coisas positivas”, referiu.