Foi esta segunda-feira, 30 de junho, que decorreu a terceira sessão que opõe Joana Marques aos Anjos, sendo que ainda fica por realizar um quarto encontro, marcado para 11 de julho, onde se espera que seja feito o depoimento da radialista.

Desde então, e sobretudo desde o início deste caso, que muito se tem falado acerca das declarações já prestadas em tribunal. Em termos de reações, têm sido várias as figuras públicas a posicionarem-se ao lado da humorista, condenando, em parte, o pedido de indemnização feito por Sérgio e Nelson Rosado.

Outra das pessoas a, recentemente, tecer a sua opinião, foi o escritor Pedro Chagas Freitas. Através das suas redes sociais, esta terça-feira, 1 de julho, o ator acabou por deixar umas 'alfinetadas' aos dois cantores, defendendo Joana Marques.

"Ser olhado por um humorista inteligente, dos bons, é um privilégio; não é uma humilhação. Mas é preciso estômago", começou por salientar, no texto partilhado.

"Ser olhado com inteligência magoa. Despe-nos, mostra-nos coisas em nós que andávamos há anos a varrer para debaixo do tapete. Ainda por cima, fá-lo com graça. Rir de nós próprios devia ser ensinado nas escolas", continuou, antes de recordar que também ele próprio já foi alvo de situações semelhantes.

"Já fui chacinado por alguns humoristas. Até ao vivo, olhos nos olhos, quando estive no maravilhoso 'roast' ao Toy. Doeu. Claro que doeu. Ninguém gosta de ver os seus defeitos num monólogo. Depois, percebi: era só matéria risível".

"(...) Isto tudo para dizer que ser olhado pela Joana Marques — ou por qualquer outra criatura magnificamente lúcida — devia ser uma honra. Pode ferir, e todos temos o direito de estar feridos, de nos sentirmos feridos; pode mexer em fios que preferíamos que estivessem quietos, e todos temos fios desses, delicados. Mas rir de nós é um dos maiores actos de amor-próprio: um elogio às nossas falhas. Uma libertação. Se alguém tiver a ousadia de nos mostrar ao espelho, ainda que distorcido, devíamos agradecer a oportunidade de nos vermos", rematou.