
Nelson e Sérgio Rosado, os Anjos, estão a exigir uma indemnização a Joana Marques, devido a uma provocação feita pela humorista no instagram em 2022.
Nas redes sociais, José Gouveia, comentador do programa “Noite das Estrelas” (CMTV), publicou uma reflexão sobre o processo: “Nota prévia: Sou amigo do Sérgio Rosado e do Nelson Rosado há mais de 20 anos, ainda que seja ouvinte e apreciador do trabalho de Joana Marques. Que se faça uma piada sobre algo, eu entendo, achando ou não graça, podemos fazer piadas sobre tudo, e viva a liberdade de expressão, manter a piada, perante o desagrado dos visados, escoltada nessa dita liberdade de expressão, é de uma teimosia bacoca e incompreensível. Julgo que a piada deixa de ter piada quando o visado pede para parar. Eu adoro um bom “roast”, mas quando o visado está presente e assume ser vítima do escárnio e maldizer. Continuar insistentemente, sempre que se aborda o assunto, a desvalorizar e colocar, subtilmente, “achas na fogueira”, passa do não intencional ao dolo“, começou por escrever.
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“Talvez o número da indemnização seja a razão da polémica envolta do processo, um milhão é sempre uma palavra de encher a boca, mas o que é que já não custa um milhão, casas com mais de uma assoalhada em Lisboa, um milhão, venda de um jogador de futebol mediano, 10 milhões, alguém se surpreende? Não. Mas no fim é isso que soa na cabeça das pessoas, um milhão, não importa as consequências, os prejuízos, ou sequer analisar o caso, o que fica é só um milhão. Joana Marques no Extremamente Desagradável, destrói, difama, descontextualiza, faz a sua própria edição dos temas, eu sei, já fui visado algumas vezes, e está tudo bem, eu não sou ninguém e o prejuízo, no meu caso, foi dentro do núcleo de amigos que se riram do roast que me foi feito e eu ri com eles, passa à frente, mas nem sempre é assim, há quem viva da imagem, do talento, do trabalho que é posto em causa, há quem perante tamanha ridicularização perca a admiração que tinha pelos visados, cancele compromissos, etc. sim, há mentes mais permeáveis, vulneráveis, incapazes de filtrar, e, o que são 15 minutos de parvoíce, que nos fazem rir, eu sei, farto-me de rir com o Extremamente Desagradável, não perco um, podem se transformar em grandes e graves prejuízos para quem é visado”, acrescentou.
“No fim, digo eu, é extremamente fácil, bastava ser agradável, para variar, e voltar atrás. Há liberdade de expressão, sim, mas também a uma coisa simples que todos também devemos ter, bom senso“, rematou ainda.