Se milagres existem, este é um deles. Após 95 dias sozinho e perdido em alto-mar, Maximo Napa Castro foi encontrado na passada quarta-feira, 12 de março, pela tripulação de um navio com bandeira do Equador ao largo da costa da cidade de Chimbote, no norte do Peru. O que fez para sobreviver é verdadeiramente impressionante.

O pescador peruano de 61 anos agarrou-se à esperança depois de ter desaparecido no dia 7 de dezembro, quando partiu do porto de San Juan de Marcona, de acordo com os órgãos de comunicação social peruanos, citados pelo The New York Post. O objetivo seria capturar ovas de peixe, levando alimentos suficientes para um mês.

No entanto, no dia 20, depois de menos de duas semanas no mar, o motor do seu barco avariou. Embora tenha alguns mantimentos e recolhido água da chuva para beber, houve dias em que não comeu nada e não choveu Disse a mim mesmo: ‘Não vou morrer porque tenho os meus filhos e a minha mãe’, contou. A solução que encontrou foi comer baratas, pássaros e, por fim, uma tartaruga, cujo sangue bebeu para matar a sede.

Maximo explicou que apanhar a tartaruga foi uma grande oportunidade, mas não gostou de ter de a matar.Ou tu ou eu, lembra-se de ter pensado. Houve também muitas conversas difíceis com Deus: "Eu disse-lhe: ‘O que é que vou encontrar aqui? Quem me vai salvar?'”, recordou. "E, depois, no dia seguinte, Ele enviou-me um helicóptero.”



O barco não tinha qualquer mecanismo de comunicação, o que significava que não tinham como localizá-lo. Felizmente, foi encontrado e transportado de helicóptero para um navio da Guarda Costeira Peruana, onde recebeu assistência médica. O pescador tinha queimaduras provocadas pelo sol e estava desidratado. O facto de ter sobrevivido foi um "milagre", segundo a filha, Ines Napa Torres.

Ainda de acordo com o The New York Post, Maximo Napa Castro foi recebido em casa com uma festa, onde amigos, familiares e vizinhos o presentearam com um bolo enfeitado com pássaros decorativos, baratas e uma tartaruga. A sua mãe, Elena Castro, disse que rezou para voltar a ver o filho: "Eu disse a Deus: quer ele esteja vivo ou morto, trá-lo aqui, nem que seja só para o ver. Mas as minhas filhas nunca perderam a fé. Estavam sempre a dizer-me: ‘Mãe, ele vai voltar, ele vai voltar’”. E voltou.