
Esta é uma edição muito especial do Posto Emissor e não é caso para menos. Rui Reininho faz esta sexta-feira, 28 de fevereiro, 70 anos e a festa está em curso - talvez dure até mais do que o Carnaval. Uma das mais carismáticas, criativas, espirituosas e revolucionárias figuras do pop/rock português tem disco a solo acabado de estrear, gravado com a Orquestra Jazz de Matosinhos e tendo como base alguns temas do disco “20.000 Éguas Submarinas”, e nesta sexta-feira atuará com a banda de sempre, os GNR, que há 45 anos douram a música nacional com ironia, charme e boa língua. (É na Culturgest, em Lisboa, e já não há bilhetes.)
Numa conversa em roda livre com Luís Guerra, Reininho recordou a infância no Porto, as primeiras extravagâncias, as viagens pela Europa, as aventuras na estrada (e além-fronteiras) dos GNR, não se furtando a uma grande variedade de “impressões digitais”, nomeadamente quando olha com particular acutilância para as parvoíces de um mundo que, apesar de cão, não quer deixar tão cedo.
Em breve publicará toda a sua lírica para música num só volume, mesmo que o amigo Adolfo Luxúria Canibal não esteja plenamente convencido da pertinência de tamanha empreitada. Ao longo de 79 minutos, há também momentos de autocrítica mas, como Piaf, sem arrependimentos. Ouvi-lo é importante (e isto não é da idade).
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