Morreu Ed Askew, cantautor folk de culto dentro da cena nova-iorquina. Tinha 84 anos.
A notícia foi avançada pela editora independente Tin Angel Records, no Instagram, e confirmada por um amigo do músico, Jay Pluck, à “Pitchfork”. Askew faleceu no passado dia 4 de janeiro, de causas naturais.
O músico, que estudou pintura na prestigiada Universidade de Yale - pintura essa que nunca abandonou, ao longo da carreira - começou por recitar a sua poesia e a tocar as suas canções nos bares da cena folk nova-iorquina, gravando o primeiro álbum, homónimo (mais conhecido como “Ask the Unicorn”), em 1968.
Ao lado de “Little Eyes”, editado também esse ano pela ESP-Disk, “Ed Askew" tornou-se ao longo das décadas subsequentes num verdadeiro objeto de culto por parte dos coleccionadores de vinil. Uma edição original do álbum chega a ultrapassar, na plataforma Discogs, de compra e venda de discos, os 200 euros.
Redescoberto nos anos 90, Askew lançou mais alguns discos (o último, “Sleeping With Angels”, em 2021) e partiu em digressão com nomes como Bill Callahan ou os Black Swans. “For the World”, de 2013, conta com colaborações com nomes como Sharon Van Etten, Mary Lattimore ou Marc Ribot.
À “Pitchfork”, Pluck confirmou ainda que serão editados mais dois discos póstumos de Askew: um produzido por Jerry DeCicca, dos Black Swans, e um outro, “Woodbine Street”, com a colaboração de Joanna Sternberg.