Aquela que será a 48.ª edição do FITEI, apresentada hoje, tem como tema "Espetros, Eros e Sacrifícios" e a programação integra seis estreias nacionais e quatro estreias absolutas.

Pelas cinco cidades vão passar, entre 14 e 25 de maio, artistas do "triangulo atlântico, real e imaginário", como definiu o diretor artístico do FITEI, Gonçalo Amorim, que explicou que, na edição deste ano, o "foco principal" são as "novas dramaturgias e linguagens cénicas de autor".

Dia 14 de maio, o Teatro Carlos Alberto, no Porto, recebe o espetáculo de abertura "Vampyr", o terceiro volume da trilogia que tem vindo a ser construída por Manuela Infante, um "verdadeiro pseudodocumentário sobre criaturas obstinadas, que se recusam a obedecer ao mandato da divisão natureza/Cultura".

No mesmo dia, "Sexo e Morte: Entre Estados Libidinais e Limiares", de Aura, sobe ao palco do Teatro Municipal Constantino Nery, em Matosinhos, em várias sessões espaçadas por 30 minutos, em que são exploradas questões ligadas ao prazer e à morte, à cultura bondage e aos funerais ritualísticos.

Rui Paixão leva ao Teatro Campo Alegre, no Porto, nos dias 15 e 18, "Furo Lento", uma "eco-ficção" que "sugere um olhar não otimista do futuro". No dia 15, mas no Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, sobe ao palco a "figura trágica" de Tolstoi "Anna Karénina", com encenação de Carme Portaceli.

"A Memória do Aqueduto", uma colaboração de Carlos Costa e Jorge Palinhos, apresenta-se na zona do Amial, no Porto, num reservatório de água desativado, nos dias 15, 16, 17, 19, 20 e 21 de maio.

Sara Barros Leitão, da estrutura Cassandra, apresenta-se no Auditório de Gaia, nos dias 17 e 18, com "Monologo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa".

No dia 17, sobe ao palco do Rivoli, no Porto, uma estreia nacional, uma coprodução FITEI, "Kill Me", a "continuação aguardada" de "Love Me" e "Fuck Me", de Marina Otero.

"Úlulu", que quer dizer placenta em forro (S. Tomé), de Raquel Lima, leva ao Rivoli, a 17 e 18 de maio, o ritual antigo da cultura são-tomense de plantar o úlulu com o cordão umbilical.

Matosinhos, no Teatro Constantino Nery, recebe, nos dias 17 e 18, "Cadernos de", um espetáculo no qual Raquel S. "cria um eu que mistura ficção e realidade e que convida o público a ser seu interlocutor".

A segunda semana do FITEI arranca com Alberto Cortés e a invenção de um mito: "o do espírito romântico que se manifesta em ambientes naturais e que vive preso na ferida da carne", em "Analphabet", que vai estar nos dias 21 e 22 no Rivoli.

O TNSJ recebe "Gaivota", de Tchekhov, pelas mãos do encenador Guillermo Cacace, a 22 e 23, que terá nova apresentação no dia 25, em Viana do Castelo, no Teatro Sá de Miranda.

"Última Esperança", do Coletivo Cuerpo Sur, sobe aos palcos do Teatro Campo Alegre (dia 22) e do Cineteatro João Verde (dia 24), em Monção, onde o FITEI chega pela primeira vez.

O coletivo Amanda apresenta-se no FITEI com "Cultura de Ferro", em Matosinhos e no Porto, um 'statement' que expõe "as dificuldades inerentes à realização de um espetáculo".

E o Rivoli recebe, também a 22 e 23 de maio, "Morrer pelos Passarinhos", uma colaboração de Henrique Vieira e Lígia Soares.

"Fissura", de Pedro Vilela e Alexandre Dal Farra, apresenta-se no dia 23, em Viana do Castelo, no Teatro Municipal Sá de Miranda.

Nos dias 24 e 25, no Teatro Campo Alegre, sobe a palco "Popular", de Sara Inês Gigante, um espetáculo que fecha o 48.º FITEI.

Além destes 16 espetáculos, o FITEI conta com residências artísticas, concertos, exposições, conversas, livros e festas, um conjunto de exercícios e espetáculos com as escolas de teatro do Porto, ações de formação e encontros para programadores, entre outras atividades.