O movimento de passageiros nos voos domésticos em Moçambique recuou 5% no último trimestre de 2024, para 292.753, devido aos problemas nas ligações aéreas, segundo informação da Autoridade de Aviação Civil de Moçambique (IACM).

De acordo com um relatório do IACM, este movimento contrasta com os 309.588 passageiros de voos domésticos no quarto trimestre de 2023, reflectindo os problemas operacionais que há vários meses afectam a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).

Em termos de aeronaves, o movimento doméstico recuou 12%, com 8.427 no último trimestre do ano passado.

“Redução do movimento de aeronaves a nível doméstico devido aos atrasos de voos”, lê-se nas conclusões do relatório, que reconhece ainda que o aumento nos custos de combustível neste período, bem como na manutenção de aeronaves, “e outros custos operacionais”, tornaram o transporte aéreo “menos viável economicamente”.

No transporte regional, em África, o número de passageiros transportados no último trimestre do ano passado cresceu 12%, para 135.106, enquanto nos voos intercontinentais o crescimento foi de 46%, para 43.514.

No final de 2024 estavam registadas em Moçambique 88 aeronaves, de 14 operadores comerciais, para um total de 12 aeroportos, 21 aeródromos públicos e 256 aeródromos privados.

A LAM, diz a Lusa, anunciou este mês a integração temporária de uma aeronave Boeing 737-500 na sua frota, como forma de “aliviar a pressão” que a companhia tem vindo a sentir nos voos diários.

Em comunicado, a transportadora aérea estatal referiu que a aeronave está a operar desde 06 de Maio, tendo capacidade para transportar 134 passageiros e “a vantagem de acomodar mais volumes e carga”.

“Aliviando a pressão dos voos diários da companhia”, explica a LAM, acrescentando que passa assim a operar com quatro aeronaves, incluindo os anteriores: um CRJ 900 e dois Embraer 145.