
As entidades residentes em Portugal emitiram um total de 303,1 mil milhões de euros em títulos de dívida em março, o que totaliza menos 4,5 mil milhões face ao mês anterior. Segundo o Banco de Portugal (BdP), esta variação teve na sua origem as amortizações de títulos de dívida do setor financeiro, que excederam as emissões em 2,8 mil milhões de euros, e a desvalorização de 2,8 mil milhões dos títulos de dívida pública.
De acordo com os dados divulgados, o valor total de títulos de dívida emitidos pelas administrações públicas era de 180,8 mil milhões de euros, equivalente a 59,6% do montante total de títulos emitidos por entidades residentes. Por sua vez, as emissões líquidas de amortizações acumuladas no ano atingiram, no fim do primeiro trimestre, 5,5 mil milhões de euros.
Já os títulos ESG interromperam a trajetória ascendente após terem alcançado um novo máximo em fevereiro. Em março, estes totalizavam 14 mil milhões, 200 milhões abaixo do mês anterior. Esta variação deveu-se ao facto de as amortizações terem excedido as emissões, justifica o banco central em comunicado. Os títulos ESG representam 4,6% do ‘stock’ total de títulos de dívida emitidos por entidades residentes.
Para os próximos 12 meses, o BdP tem previstas amortizações no valor de 42,3 mil milhões de euros, o que corresponde a 13,6% do ‘stock’ total de títulos de dívida vivos à data de 31 março. As amortizações no segundo trimestre devem totalizar 13,2 mil milhões. Dentro destas, sobressaem as das empresas não financeiras, que ascendem a 9,2 mil milhões.
Por fim, o ‘stock’ de ações cotadas emitidas por entidades residentes ascendeu a 63,3 mil milhões de euros, uma subida de 400 milhões em cadeia e de 2,32 mil milhões em termos homólogos. De acordo com o BdP, “esta subida [face a fevereiro] reflete as valorizações das ações das empresas não financeiras e do setor financeiro, nos montantes de 100 e 300 milhões de euros, respetivamente”.