Numa reunião recente, Rui Moreira sugeriu a revisão da legislação para permitir a criação de um imposto turístico, com a receita a ser direcionada para as autarquias. Explicou que, até outubro deste ano, o Porto arrecadou 20 milhões de euros com a taxa turística, o que representa um aumento de 5,5 milhões em relação ao ano anterior.

A proposta de elevar a taxa de 2 para 3 euros foi aprovada pela Câmara e deverá entrar em vigor já no próximo ano. O Bloco de Esquerda, por sua vez, defende que o valor poderia ser ainda mais alto. Rui Moreira está a favor de um aumento e também da revisão da lei das finanças locais, para permitir que uma nova taxa seja implementada.

No entanto, a Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHT) tem sido contra a taxa, argumentando que um imposto sobre o IVA turístico seria mais justo e transparente. A associação também criticou a forma como os valores arrecadados até agora não têm uma aplicação clara.

O setor da hotelaria alerta ainda para o impacto negativo que a taxa turística pode ter na competitividade entre as cidades. Por exemplo, um cliente que se hospeda num hotel de duas estrelas ou num alojamento local pode começar a preocupar-se com a cobrança de 3 euros no Porto, enquanto em Gaia a taxa é de 2 euros e em Matosinhos não é cobrada.

A proposta de aumento da taxa turística, que ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Municipal, chega num momento em que Rui Moreira tem enfrentado críticas da oposição, especialmente em relação à sua estratégia para a habitação e coesão social.