2024 foi um ano positivo para a TAP pois a empresa melhorou substancialmente os atrasos e viu o número de passageiros transportados crescer 1,6% para 16,1 milhões de passageiros. Os EUA e o Brasil bateram o recorde de passageiros transportados.
Foi nas rotas dos EUA e Canadá que se verificou o maior aumento no número de passageiros transportados: 1,59 milhões, mais 8,9% do que em 2023. Ainda assim, a TAP mantém-se a abaixo dos 17,05 milhões de passageiros transportados em 2019, no período pré-Covid, antes da intervenção do Estado e do processo de reestruturação que obrigou a reduzir a frota. A TAP tem hoje 98 aviões, menos 10 do que em 2019.
“Em grande destaque” estiveram também, sublinha a empresa, as rotas do Brasil, onde a companhia tem uma quota de mercado das rotas internacionais de quase 30%. Em 2024, transportou mais de dois milhões de passageiros entre o Brasil e a Europa, um aumento de 7,1% face a 2023. É “um novo registo histórico” para a TAP, que tem estado abrir rotas no Brasil como Florianópolis e Manaus (neste caso é um regresso).
No seu conjunto, excluindo Portugal, as rotas europeias, registaram um aumento moderado de 0,9%, com 8,8 milhões de passageiros transportados.
A perder peso, embora de forma ligeira, estão as rotas de África, onde houve uma redução de 0,1%. Em 2024 a TAP transportou 1,1 milhões de passageiros entre África e a Europa.
Houve crescimento nas regiões autónomas. Entre a Madeira e o Continente, viajaram pela TAP 983.000 passageiros em 2024, um crescimento de 3,3% relativamente a 2023. Na rota dos Açores a companhia transportou 527 mil passageiros, um aumento de 1,3%.
Ocupação e receitas a crescer
Em crescendo tem estado a taxa de ocupação, o que tem permitido crescer apesar das limitações no número de aeronaves disponíveis, uma amarra que cai em 2025 com a conclusão do plano de reestruturação. A TAP teve uma taxa de ocupação dos voos (‘load factor’) de 82,3% no ano passado, mais 1,5 pontos percentuais do que em 2023, tendo a oferta de lugares medida em ASK (número total de lugares disponíveis para venda multiplicado pelo número de quilómetros voados) crescido 1,6% face ao ano anterior. É um crescimento face a 2019, ano em que a taxa de ocupação se ficava pelos 80.1%.
A receita por lugar/quilómetro, medida em RPK (número total de passageiros multiplicado pelos quilómetros voados), teve um aumento de 3,4%. A TAP gerou uma receita de 3,3 mil milhões de euros até setembro de 2024.