O grupo Sonae fechou o primeiro trimestre com um crescimento de 77% nos lucros, para €43 milhões, a refletir “melhorias na rentabilidade e valorização do portfólio”, indica o grupo liderado por Cláudia Azevedo no comunicado de apresentação de contas, apresentado esta quarta-feira

As vendas aumentaram 23%, para os €2,6 mil milhões (6% excluindo as aquisições). É um valor recorde para o período de janeiro a março, atribuído ao impulso da expansão orgânica impulsionada pela MC e Worten, aumentos de quota de mercado e integração de novas empresas, sublinha o comunicado.

No período em análise, o EBITDA cresceu 39%, para €250 milhões. Quanto ao investimento, soma €947 milhões nos últimos 12 meses, “com destaque para a expansão orgânica dos negócios de retalho, com uma forte aposta no mercado português, bem como para as aquisições e desenvolvimento do portfólio internacional”, diz a empresa.

MC cresce 22,5%

No retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar, o volume de negócios da MC cresceu 22,5% em termos homólogos, para 2 mil milhões de euros puxado pelo aumento de volumes em todos os formatos

No retalho de eletrónica, a Worten viu as vendas aumentarem 4%, para €323 milhões, “apesar de um ambiente desafiante, marcado por uma intensificação da atividade promocional e por um efeito de calendário desfavorável (trimestre sem Páscoa). O canal online registou um crescimento homólogo de 19%, alavancado pelo marketplace da Worten.

No retalho de produtos e cuidados para animais de estimação, a Musti reforçou a sua posição como líder nos mercados nórdicos e viu a base de clientes e o gasto médio por cliente crescerem, tendo fechado março com um volume de negócios de €120 milhões (+12%).

Sierra com lucros de €29 milhões

No setor imobiliário, a Sierra teve um começo de ano positivo na carteira de centros comerciais, nos serviços e nos projetos de promoção imobiliária, apresentando um resultado líquido de €29 milhões no trimestre, 15% acima de período homólogo de 2024.

A empresa tem “três projetos adicionais em fase de licenciamento, incluindo os primeiros projetos Build-to-Sell em Espanha e o Build-to-Rent em Portugal”, refere o comunicado.

Nas telecomunicações, a NOS viu as vendas consolidadas cresceram 4,5% para €421 milhões, contribuindo com €20 milhões para as contas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial.

Cláudia Azevedo destaca “sólido desempenho”

No comentário aos resultados, a presidente executiva manifesta “grande satisfação pelo sólido desempenho” do grupo. “Todos os nossos negócios cresceram e reforçaram as suas quotas de mercado, em setores muito competitivos e num contexto marcado por elevada volatilidade”, afirma Cláudia Azevedo.

“Para continuarmos a obter os resultados positivos que temos alcançado, temos de manter uma orientação para o futuro, promovendo uma organização onde as pessoas tenham vontade de aprender, experimentar e agir com espírito empreendedor”, diz a gestora.

Cláudia Azevedo termina com uma nota sobre o apagão que afetou a Península Ibérica há 3 semanas para agradecer “a resposta exemplar das equipas” para assegurar o funcionamento das operações.