A Recredit – Gestão de Activos de Angola investiu um total de 288.87 mil milhões de kwanzas na aquisição da carteira de crédito malparado do Banco de Poupança e Crédito (BPC) em 2024, tendo recuperado até ao final do mesmo ano um montante acumulado de 108.35 mil milhões kwanzas.

Este valor, segundo o presidente do conselho de administração da Recredit, Valter Barros, que falava esta Quarta-feira, 07, durante a apresentação do Relatório de Gestão de 2024, representa 38% do investimento realizado.

O responsável explicou que o activo de 283.83 mil milhões de kwanzas cresceu cerca de 2%, face ao ano de 2023 e o passivo de 1.87 mil milhões de kwanzas registou uma redução de 5% em relação ao período homólogo, o que demonstra o cuidado que temos tido no controlo dos nossos custos.

“Os rácios financeiros demonstram a saúde financeira da empresa, nomeadamente uma liquidez imediata de 12%, que revelam a solidez na gestão tesouraria, autonomia financeira de 99%”,

O presidente do conselho de administração afirmou que isto confirma a robustez da estrutura do capital e rendibilidade do capital próprio de 17%, sublinhando a capacidade da Recredit gerar retorno sustentável para os seus accionistas.

“Estamos determinado a continuar este caminho com firmeza transpareciaa e foco nos resultados, com o compromisso de contribuir activamente para a robustez do sistema financeiro e para a criação de valores para o Estado angolano”, assegurou.

Valter Barros admitiu que a alienação dos imóveis recebidos tem representado um desafio muito grande para a Recredit transformar os referidos activos em liquidez.

“A dinamização dos processos em contenciosos também representa um enorme desafio, porque sempre que concluímos as negociações amigáveis que temos com os nossos clientes para fechar acordos e não temos êxitos, remetemos os processos para a nossa área de contencioso que desenvolve mais um esforço para recuperar extrajudicialmente esses processo. Não tendo sucesso, remete os processos para o tribunal”, acrescentou.