
Donald Trump, a liderar a Casa Branca desde o início deste ano, já perdoou e comutou sentenças de 16 pessoas e empresas cujas sentenças incluíam multas que variavam entre 50 dólares e 100 milhões de dólares (entre 42 euros e os 85 milhões de euros) e totalizavam mais de 102,6 milhões de dólares (87 milhões de euros) de acordo com uma lista do Departamento de Justiça (DOJ). No entanto, estima-se que o número seja, provavelmente, mais elevado, uma vez que a lista do Departamento da Justiça omite algumas multas e pagamentos de restituição anteriormente comunicados.
Foram cerca de 70 o número total de indultos e comutações que Trump emitiu este ano, de acordo com o DOJ, sem contar os réus perdoados relativamente ao assalto ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021.
Entretanto, Trump concedeu clemências e comutações de pena a pessoas que devem, em conjunto, mais de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) em restituições a vítimas de crimes de colarinho branco, de acordo com a antiga advogada da área de perdões, Liz Oyer, que contabilizou o dinheiro utilizando registos judiciais. Foram cerca de 70 o número total de indultos e comutações que Trump emitiu este ano, de acordo com o DOJ, sem contar os réus perdoados relativamente ao assalto ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021.
As multas são pagas ao Departamento do Tesouro, enquanto a restituição é paga às vítimas do crime. A contagem da advogada não inclui os 2,6 milhões de dólares (cerca2,21 milhões de euros) em pagamentos de restituição que os 1.270 réus perdoados, dos tumultos de 6 de janeiro deviam, de acordo com um relatório dos democratas da Câmara. Trump emitiu os perdões numa altura em que seu governo lamenta o tamanho da dívida do governo federal.
Quem foram as pessoas a quem Trump perdoou e o que deviam em dinheiro
As pessoas incluídas na contagem de Liz Oyer incluem o fundador da Nikola e doador de Trump, Trevor Milton, que devia quase 680 milhões de dólares (cerca de 577,2 milhões de euros) em restituição aos acionistas da Nikola. A lista inclui ainda Todd e Julie Chrisley, estrelas da TV condenadas por fraude bancária e eletrónica, que deveriam pagar mais de 22 milhões de dólares (18,7 milhões de euros) em restituições.
Paul Walczak, 55 anos, dono da Florida HealthCare Companies, que foi condenado por crimes fiscais e que devia 4,4 milhões de dólares (3,75 milhões de euros) em restituições, foi perdoado por Trump depois de a sua mãe doar um milhão de dólares num jantar de recolha de fundos para a campanha do presidente. No entanto não se sabe ao certo qual o valor destas multas que já tinham sido pagas ao governo na altura dos perdões e comutações. O dinheiro já pago não seria devolvido aos que receberam clemências.
Curiosamente, relativamente a esta questão, sabe-se que ex-presidente Joe Biden concedeu 4.245 atos de clemência durante o seu mandato, mais do que qualquer outro presidente na história, de acordo com o Pew Research Center.
Trump fez uma série de indultos controversos desde que assumiu o cargo, muitos dos quais para pessoas que afirma terem sido perseguidas politicamente pela administração Biden ou por aqueles que se alinham politicamente com ele. Por exemplo, perdoou a familia Chrisleys depois de a sua filha, Savannah Chrisley, ter falado na Convenção Nacional Republicana e ter defendido ferozmente os perdões. Devon Archer e Jason Galanis, ambos condenados por defraudar nativos americanos, foram perdoados depois de terem testemunhado no inquérito republicano de destituição contra Biden.
Curiosamente, relativamente a esta questão, sabe-se que ex-presidente Joe Biden concedeu 4.245 atos de clemência durante o seu mandato, mais do que qualquer outro presidente na história, de acordo com o Pew Research Center.
(Com Sara Dorn/ Forbes Internacional)