
O antigo presidente executivo da Altice, Alexandre Fonseca, foi constituído arguido no âmbito da chamada "Operação Picoas", avança a SIC Notícias. O ex-lider da Altice foi interrogado na manhã desta quinta-feira, nas instalações do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
O processo que ficou conhecido como "Operação Picoas" remonta a 2023. Está em causa um alegado esquema de "viciação decisória do grupo, em sede de contratação" que terá lesado empresas do grupo e da concorrência. Em causa estão crimes de corrupção (na forma ativa e passiva), fraude fiscal e branqueamento. A nível fiscal, as autoridades suspeitam que o Estado tenha sido lesado em mais de 100 milhões de euros.
Alexandre Fonseca, que em janeiro deste ano anunciou que tinha chegado a um acordo para sair da Altice, chegou a ser alvo de buscas há quase dois anos, mas não foi, altura, detido nem constituído arguido. Um cenário que acabou por se inverter esta quinta-feira, como confirmou à Lusa o advogado Rogério Alves: “Foi constituído arguido, prestou declarações numa diligência, agora suspensa para continuar em data a designar”.
Além de Alexandre Fonseca, há duas outras figuras entre os principais arguidos deste processo: o fundador da Altice, Armando Pereira, e o conhecido empresário de Braga, Hernâni Vaz Antunes, amigo de longa data de Armando Pereira.