
Oeiras, no distrito de Lisboa, foi o município onde o valor dos rendimentos em 2023 foi mais elevado, a exemplo do sucedido em 2022, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as Estatísticas do Rendimento ao Nível Local, documento anual que incide sobre os rendimentos brutos declarados ao fisco, deduzidos do IRS pago ao Estado por sujeito passivo, esse valor, em 2023, situou-se em Oeiras nos 15.862 euros (mais 672 euros do que em 2022).
Em Portugal, o valor mediano do rendimento líquido por pessoa foi de 11.446 euros – uma subida de 767 euros em relação aos 10.679 euros de 2022 – e os mesmos dados referem que um total de 71 concelhos, mais um do que em 2022, apresentaram valores superiores à referência nacional.
O ‘top cinco’ dos municípios com valor dos rendimentos mais elevados em 2023 não teve alterações de posição face ao ano anterior: para além de Oeiras, Lisboa ocupa o segundo lugar (14.282, mais 473 euros), seguido de Alcochete (13.654, mais 780 euros face a 2022), Cascais (13.406 euros, mais 563 euros) e Coimbra (13.241, mais 684 euros).
O INE assinala, no entanto, outros dois municípios com valores superiores a 13.000 euros: Porto Santo, na Região Autónoma da Madeira (13.089), e Évora (13.003 euros).
O mesmo documento refere que, em todos os municípios, com exceção de Odemira, no litoral alentejano, o valor mediano do rendimento líquido por pessoa aumentou (o que já tinha sucedido em 2022 face a 2021) e em 137 dos municípios o aumento foi superior ao do país.
“Entre 2022 e 2023 houve um aumento da taxa de variação anual do valor mediano do rendimento em 66% dos municípios”, destaca o INE, especificando um número de 197 concelhos dos 298 com informação disponível.
O retrato municipal alusivo aos 71 concelhos com valores acima da referência nacional, inclui no grupo todos os nove municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal, 17 municípios do Centro,10 do Oeste e Vale do Tejo, oito do Alentejo, oito do Norte, seis da Região Autónoma dos Açores, três da Região Autónoma da Madeira e Faro, no Algarve.
Já os concelhos com valores inferiores a 10.000 euros situam-se, sobretudo, no interior da região Norte.
Na Área Metropolitana do Porto, ainda segundo o INE, e também a exemplo de 2022, destacam-se três municípios contíguos, “pelos elevados valores medianos observados”: Maia (12.726 euros), Porto (12.460) e Matosinhos (12.266 euros).
Por sub-regiões, oito das 26 ficaram acima da referência nacional: Grande Lisboa (12.943 euros), Península de Setúbal (12.401), Região Autónoma da Madeira (11.715), Região de Coimbra (11.691), Região Autónoma dos Açores (11.660), Região de Aveiro (11.593), Região de Leiria (11.587) e Alentejo Central (11.567 euros).
Já as sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso (9.449 euros) e do Tâmega e Sousa (9.819 euros) apresentaram os rendimentos medianos mais baixos, inferiores a 10.000 euros por pessoa.