
Em comunicado conjunto, António Costa e Ursula von der Leyen disseram que durante a reunião do Conselho Europeu, na quinta-feira, os líderes dos 27 países da UE "aplaudiram a decisão da Ucrânia de anunciar que está pronta para um cessar-fogo total".
Contudo, face à ambiguidade da resposta de Moscovo à proposta de um cessar-fogo de 30 dias às infraestruturas energéticas e críticas, os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, respetivamente, lembraram os parceiros Turquia, Reino Unido, Noruega e Islândia de que "a paz não pode ser recompensar o agressor e que a pressão à Rússia tem de aumentar".
Em videoconferências, os dois representantes do bloco comunitário apresentaram ao Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, aos primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, norueguês, Jonas Gahr Store, e à chefe do Governo islandês, Kristún Frostadóttir, as conclusões da cimeira que, essencialmente, se debruçou sobre a competitividade da UE.
Ao considerar que ao nível dos 27 há "um claro entendimento de que a Europa está a atravessar um período excecional", Costa e von der Leyen explicaram aos parceiros não pertencentes ao bloco a iniciativa para deixar a indústria de defesa reforçada até 2030, tendo enaltecido a iniciativa entre França e Reino Unido para apoiar as Forças Armadas ucranianas e avançar na concretização das garantias de segurança futuras.
A UE tem procurado diversificar os parceiros que tem para pressionar o Kremlin, face a uma alteração na posição dos Estados Unidos, mais favorável à Rússia do que a Kiev e a Bruxelas, bem como um contexto geopolítico mais incerto.
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