O consórcio New Tour/MS Aviation, concorrente ao processo de privatização da SATA Internacional, no ano passado, demonstrou disponibilidade para, em fase de negociação, melhorar financeiramente a sua proposta, aumentando o preço global para 15,2 milhões de euros e reforçando o critério de contribuição para o reforço da capacidade financeira da SATA, e Governo dos Açores decidiu avançar com o processo, depois de ter sido suspenso no final do ano passado, por falta de músculo financeiro deste mesmo candidato.

O Governo Regional açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) considerou esta sexta-feira que estão reunidas as condições para manter o processo de privatização da companhia aérea SATA Internacional - Azores Airlines, empresa do grupo acoreano que opera nos voos externos ao arquipélago. deliberou, disse o vice-presidente do executivo regional, Artur Lima, que o mesmo “deve prosseguir".

O governante, que fez a leitura do comunicado do Conselho do Governo, que esteve reunido esta sexta-feira na vila da Madalena, no âmbito de uma visita estatutária à ilha do Pico, adiantou que o conselho de administração da SATA, em requerimento dirigido ao Governo dos Açores, “voltou a requerer uma nova orientação quanto ao seguimento a dar” ao processo do concurso.

Segundo Artur Lima, a administração da empresa deu conhecimento ao executivo açoriano que “a 28 de fevereiro de 2025, o agrupamento NT/MS apresentou um requerimento no qual prestou ao conselho de administração da SATA, informações sobre a identidade das pessoas singulares, de nacionalidade portuguesa - Carlos Manuel Antunes Tavares Dias e Paulo José Angélica Pereira da Silva -, que, caso venha a ser apresentada uma proposta melhorada, integrarão o agrupamento NT/MS”. Carlos Tavares, ex-CEO da empresa automóvel Stellantis, e Paulo Pereira da Silva, empresário ligado ao turismo e ao ramo agroalimentar no Douro, ainda não confirmaram o interesse na companhia açoreana.

Segunda a proposta, noticiada pelo Açoriano Oriental, a soma das participações sociais que virão a ser detidas por Carlos Tavares e Paulo Pereira totalizará 49% do capital social da sociedade que virá a deter a participação da SATA Internacional”.

Artur Lima adiantou ainda aos jornalistas que, se o processo de privatização da Azores Airlines correr bem e for concluído, os prejuízos e as despesas com pessoal deixarão de existir, “o que se traduz numa defesa dos dinheiros públicos e do interesse público” e uma boa medida para a Região Autónoma dos Açores e “um bom passo nas finanças públicas.