
Os bancos portugueses estão entre os menos expostos ao mercado norte-americano. Segundo dados da Autoridade Bancária Europeia (EBA), no seu mais recente relatório de avaliação de riscos, no final de 2024, os bancos europeus detinham cerca de um bilião de euros em empréstimos ao sector da indústria transformadora, dos quais pouco mais de um terço se destinava a sectores que exportam mais produtos para os Estados Unidos (EUA).
Estamos a falar de sectores como a indústria farmacêutica, aparelhos mecânicos e industriais, automóveis e produtos ligados ao sector da energia. Quase 7% dos empréstimos concedidos por instituições de crédito da União Europeia (UE) estão, de alguma forma, expostos aos EUA. No entanto, a percentagem varia significativamente entre os países do Velho Continente.
O relatório revela que os bancos portugueses e gregos apresentam uma exposição ao mercado norte-americano correspondente a apenas 1% do total dos créditos concedidos à indústria transformadora.
As instituições financeiras mais expostas são as alemãs, com cerca de 10% dos créditos atribuídos a empresas com fortes relações comerciais com os EUA. Seguem-se os bancos franceses, com uma exposição de 8,7%, os dos Países Baixos com 8,2% e os bancos espanhóis com 7,6%.