
"Depois de um ano em que muitas uvas ficaram por vindimar por não haver a quem as vender, adensam-se as preocupações dos agricultores quanto à sua capacidade de resistir a mais um ano de dificuldades, com falta de escoamento e baixos preços pagos pelas uvas (preços que se mantêm nos mesmos valores de há 25 anos e até inferiores), aumentos brutais dos custos de produção e, sobretudo, um forte desequilíbrio do poder entre a produção, a transformação e o grande comércio exportador", indicou, em comunicado, a CNA.
Por outro lado, sublinhou que, perante a aplicação de tarifas sobre as exportações de vinho, nomeadamente para os EUA, "é imperioso" pôr fim às exportações desnecessárias.
A CNA denunciou ainda a insuficiência de medidas de apoio, criticando o que disse ser a propaganda do Governo.
"O Ministério da Agricultura não adotou uma única medida para acudir, diretamente, à situação desesperada dos pequenos viticultores durienses que os pudesse compensar pelas enormes perdas de rendimento", apontou.
De acordo com os agricultores, as regiões vitivinícolas, em particular o Douro, precisam de atenção por parte do Governo, com medidas imediatas e estruturantes, nomeadamente "o fim da liberalização dos direitos de plantação da vinha na União Europeia" e a promoção das exportações.
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