O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, Diamantino Azevedo, considerou esta Quarta-feira, 18, em Luanda, que os países africanos produtores de diamantes devem falar uma só voz, para defenderem “aquilo que legitimamente lhes pertence e moldarem uma narrativa global a nossa verdade e o nosso imenso potencial”.

“Nenhum de nós poderá alcançar o sucesso de forma isolada”, disse Diamantino Azevedo, durante a mesa-redonda ministerial, que decorre, em Luanda, sob o lema “Diamantes Naturais: Desafios e Oportunidades”, com a participação da Namíbia, República Democrática do Congo (RDC), África do Sul, Botswana e Guiné Equatorial.

O governante angolano afirmou que esta não é apenas uma questão de mercado, é uma questão de justiça económica e dignidade cultural.

“Quando os consumidores optam por comprar diamantes naturais, devem fazê-lo com a consciência de que não estão a apoiar uma verdadeira transformação humana, financiando salas de aula, hospitais e sonhos por toda a África”, sublinhou.

Os diamantes produzidos em laboratório, recordou, têm vindo a ganhar terreno, sobretudo em mercados consumidores-chave como os Estados Unidos da América e a China.

“Paralelamente, preocupações com a origem ética, restrições comerciais e mensagens fragmentadas continuam a desafiar a nossa indústria. Em cada desafio reside uma oportunidade. Este é um momento estratégico para reacender o apreço global pelos diamantes naturais como símbolos autênticos, éticos e transformadores, muito para além do luxo”, apontou.

De acordo ainda com Diamantino Azevedo, África é responsável por mais de 65% da produção mundial de diamantes em bruto.

“De Angola ao Botswana, passando pela África do Sul, Namíbia, RDC e Serra Leoa, este continente é o coração pulsante do comércio mundial de diamantes. No entanto, a verdadeira medida da nossa riqueza não está na quantidade de quilates extraídos, mas sim no valor que retemos, nos futuros que construímos e na dignidade que preservamos”, retemos.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás fez saber que, “em 2024, Angola produziu mais de 14 milhões de quilates, 96% da nossa meta nacional, demonstrando a nossa resiliência e compromisso”.