
As ações da Ryanair fecharam a 23,74 euros na quinta-feira, dia 29 de maio, cumprindo uma das condições que permitiria ao CEO Michael O’Leary receber um bónus de mais de 100 milhões de euros: as ações fecharem acima de 21 euros pelo 28º dia consecutivo.
Será agora necessário que o CEO permaneça na companhia aérea de baixo custo até ao final de julho de 2028, momento em que cessa contrato. E O'Leary já deu a entender que pode permanecer na companhia mesmo depois desta data.
Segundo avançado pelo Financial Times, o esquema de incentivos, acordado em 2019, prevê um bónus num valor correspondente a 10 milhões de ações a 11,12 euros cada, a ser assegurado pelo CEO, caso o preço das ações da Ryanair atingisse os 21 euros durante 28 dias seguidos ou se a companhia aérea reportasse 2,2 mil milhões de euros em lucros anuais após impostos até 2028.
Concretizando-se, será um dos maiores prémios na história das empresas europeias, comparando-se apenas com o acordo de József Váradi, CEO da Wizz Air companhia aérea rival de baixo custo, que pode ganhar 100 milhões de libras se o preço das ações alcançar 120 libras em 2028, o que a empresa adiantou ser improvável.
CEO da Ryanair desde 1994, para além de um salário base de 1,2 milhões de euros por ano, O'Leary detém uma participação na empresa no valor de cerca de 930 milhões de euros, uma carteira que em 2028 deverá engordar.
Garante o prémio, depois de, no primeiro trimestre de 2025, a Ryanair ter registado uma quebra dos lucros anuais de 16%, comparativamente ao mesmo período do ano passado. Os últimos resultados trimestrais indicavam uma subida de 4% nas receitas e de 9% nos custos operacionais.
A companhia irlandesa apresentou mais de 160 novas rotas para este verão, concretizando um total de 2 600. Em Portugal, depois de, em fevereiro, ter anunciado uma nova ligação entre o Porto e Roma e três a partir da Madeira para Milão, Shannon e Bournemouth, passou a operar 169 rotas. Também a frota da Ryanair no país aumentou para 29 aeronaves.