O Banco Sabadell registou um lucro recorde de 975 milhões de euros no primeiro semestre, mais 23,3% do que no mesmo período do ano passado, comunicou nesta quinta-feira a instituição ao mercado. O resultado foi anunciado na reta final da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o banco pelo BBVA.
Num ambiente de descida das taxas de juro, a receita líquida de juros situou-se em 2,43 mil milhões de euros, 2,7% abaixo do primeiro semestre de 2024, enquanto o crédito à habitação aumentou 44%, para 3,46 mil milhões de euros, informou o banco à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV).
A rentabilidade do grupo presidido por Josep Oliu, que também apresentou nesta quinta-feira um plano estratégico até 2027, aumentou para 14,4%, face aos 13,1% de junho de 2024.
Excluindo a subsidiária britânica TSB, que o Sabadell aceitou vender ao Santander por 2,65 mil milhões de libras (cerca de 3,05 mil milhões de euros), os lucros aumentaram nos primeiros seis meses do ano para um recorde semestral de 804 milhões.
“Por mais um trimestre, e agora são 18, superámos as expectativas do mercado, e isso é um indicador do que continuaremos a fazer nos próximos anos”, referiu o presidente executivo do Sabadell, César González-Bueno, em comunicado.
A receita bancária (receita líquida de juros mais taxas líquidas) situou-se em 3,12 mil milhões de euros até junho, uma queda de 1,5% face ao ano anterior.Esta descida foi parcialmente compensada por uma redução de 0,3% nos custos, que atingiram 1,51 mil milhões de euros.
As comissões líquidas também aumentaram, atingindo os 694 milhões de euros, um aumento de 3%, devido ao crescimento dos negócios de gestão de ativos e seguros.
A evolução da atividade comercial e o controlo dos custos, entre outros fatores, levaram o TSB a registar um resultado líquido de 139 milhões de libras (160 milhões de euros) nos primeiros seis meses do ano, um aumento anual de 77,2%. A receita líquida de juros do TBS situou-se em 518 milhões de libras (597 milhões de euros), um aumento de 7,9%, enquanto as comissões caíram 16,9%, para 38 milhões de libras (44 milhões de euros).
Em relação à atividade comercial, os pedidos de financiamento imobiliário cresceram 11% no segundo trimestre do ano.
A 6 de agosto, uma dupla assembleia extraordinária de acionistas decidirá se aprova a venda do TSB e um dividendo de 2,5 mil milhões de euros associado à transação. Este dividendo proposto será distribuído apenas em janeiro e àqueles que ainda forem acionistas à data. Esta é mais uma manobra do Sabadell para evitar o sucesso da OPA do BBVA, que este banco pediu para adiar para setembro, após a assembleia referida.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50