O relatório anual conjunto da Oliver Wyman e da Morgan Stanley sobre a banca de empresas projeta um crescimento das receitas globais de 15% até 2028. Os mercados europeu e asiático serão os mais dinâmicos, com crescimentos de 22% e 21%, respetivamente, enquanto o mercado norte-americano deverá registar uma subida de apenas 5%.

Segundo o relatório, “existe uma clara oportunidade para a banca de empresas europeia e asiática conquistarem quota de mercado adicional nos principais mercados e melhorarem a rentabilidade”.

A Oliver Wyman e a Morgan Stanley trabalharam com três cenários de evolução até 2028: O primeiro cenário considera a existência de um mundo multipolar, em que a Europa e a Ásia se afastam dos Estados Unidos, apostando no crescimento dos seus mercados regionais, com um dinamismo superior ao dos EUA.

O segundo cenário pressupõe a continuidade da primazia americana. A tendência de desregulação dos mercados impulsiona a atividade de negociação e de investimento, enquanto a Europa se atrasa na reforma do mercado de capitais. Neste contexto, os EUA mantêm-se como destino atrativo para os investidores globais e para as empresas em busca de capital. As receitas totais da banca de empresas crescem 10% durante o período de previsão, com os EUA a liderarem o crescimento e a reforçarem a sua quota de mercado.

O terceiro e último cenário antecipa uma recessão global, provocada por uma incerteza prolongada na aplicação de tarifas comerciais, o que congela o investimento e provoca um aumento da inflação, com efeitos negativos no consumo. A perda de confiança dos investidores no crescimento da economia americana leva à fuga de ativos deste país, fazendo com que as receitas globais da banca de empresas caiam 9% no total.