
O navio Dona Tututa, da CV Interilhas, tinha partido da capital, Praia, com acostagens programadas para várias ilhas, mas parou, por momentos, no meio do mar e quando chegou à ilha da Boa Vista, pelas 05:00 (06:00 em Lisboa) já não seguiu viagem, referiram os passageiros à Televisão de Cabo Verde (TCV).
Os ocupantes, incluindo crianças, queixaram-se de suportar várias horas no navio, sem explicações, nem assistência, até ser servida alimentação e serem encaminhados para unidades de alojamento, já durante o dia de domingo.
Os passageiros retidos tinham como destino as ilhas de Sal, São Nicolau e São Vicente.
Nas redes sociais, a empresa indicou que "devido à necessidade de uma intervenção técnica no navio Dona Tututa", a operação da "linha redonda" será temporariamente assegurada pelo catamarã Kriola, a partir de hoje.
A CV Interilhas é um armador cabo-verdiano, constituído em 2019, com o qual o Governo de Cabo Verde estabeleceu o contrato de concessão, por 20 anos, para o serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga entre ilhas.
A sociedade é constituída por 12 armadores, entre os quais está o português Grupo ETE, que detém 51% do capital social (através das suas participadas Transinsular e Transinsular Cabo Verde), cabendo o restante a 11 firmas cabo-verdianas.
A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da CV Interilhas, que remeteu informações para posterior comunicado.
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Lusa/Fim