
O Plano de Recapitalização e Reestruturação (PRR) do Banco Sol já tem o aval do Banco Nacional de Angola (BNA), que considera exequível a implementação da estratégia que prevê recuperar os rácios prudenciais da instituição bancária e colocar o banco na rota de crescimento sustentável.
O regulador angolano decidiu que o programa deve ser concluído num período de três, numa decisão que representa um passo fundamental para a recuperação e o reposicionamento da instituição no sistema financeiro angolano, refere o Banco Sol em comunicado.
O plano, desenvolvido pela atual administração do banco, liderada por António André Lopes, presidente do Conselho de Administração, e por Osvaldo de Lemos Macaia, presidente da Comissão Executiva, na sequência de um profundo diagnóstico da situação financeira, económica e patrimonial da instituição, recebeu a aprovação da totalidade dos acionistas, em assembleia geral realizada a 24 de Janeiro de 2025, e estabelece um conjunto de “medidas rigorosas para assegurar a recapitalização, otimização da estrutura operacional e o reforço da gestão de riscos”.
Dentre as principais iniciativas previstas no plano destacam-se: o redimensionamento das agências e unidades de estruturas centrais, a otimização do quadro de pessoal, com a previsão de redução de cerca de 30% do número de colaboradores, para além da dinamização da captação de novos depósitos e retenção da base atual de clientes.
Constam igualmente da estratégia de recuperação do banco a venda de ativos imobiliários não afetos à atividade core, a recuperação ativa de crédito malparado, a dinamização do negócio de seguros e o aumento do capital social, exclusivamente através de novos aportes dos acionistas.
No global, “o PRR visa melhorar a rentabilidade e eficiência operacional, garantir a sustentabilidade do banco a longo prazo e assegurar o cumprimento dos rácios prudenciais exigidos pelo regulador”, refere a instituição.
A aprovação do PRR pelo BNA é vista como um sinal de confiança na estratégia traçada pela atual administração, que “aposta na recuperação da instituição com base numa abordagem disciplinada, sustentada e alinhada com as melhores práticas de supervisão prudencial e enquadra-se nos mecanismos e instrumentos previstos na legislação aplicável”.
O Banco Sol é composto por capital 100% angolano.