
As agências de rating (notação financeira) Fitch e Moody's consideram que as suas perspetivas para a avaliação que fazem do Novo Banco poderão melhorar quando se concretizar a aquisição da instituição portuguesa pelo grupo francês BPCE, mostra uma comunicado enviado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pelo Novo Banco.
A Moody's reafirmou as notações financeiras do Novo Banco, com uma perspetiva positiva e refere que “uma subida da notação financeira dos depósitos a longo prazo e da dívida sénior não garantida do Novo Banco poderá ser motivada por uma melhoria do seu BCA [baseline credit assessment, a avaliação intrínseca da qualidade de crédito do banco]”.
A Moody's admite que esse BCA “poderá ser revisto em alta” se a aquisição do Novo Banco pelo BPCE for concluída com sucesso.
Posição similar tem a Fitch, que não alterou os ratings do Novo Banco, mas deixou a instituição com uma perspetiva de uma possível subida das notações financeiras. Caso o Novo Banco seja adquirido pelo BPCE (que chegou a um acordo para a compra da instituição, mas que só deverá ser concluída em 2026), “beneficiará muito provavelmente do apoio do acionista, com notação financeira superior”.
O BPCE acordou a 13 de junho a aquisição do Novo Banco à Lone Star (detentora de 75%), tendo o Estado e o Fundo de Resolução (detentores do capital restante) sinalizado o seu interesse em vender as respetivas participações em condições similares. No total, o BPCE irá desembolsar 6,4 mil milhões de euros para ficar com a totalidade do banco português.