O Estoril prepara a deslocação a Arouca e deverá ter como novidade na convocatória o regresso de Wagner Pina, que falhou a receção ao Farense, no último sábado, por ter cumprido o protocolo de segurança para concussões após ter protagonizado um aparatoso choque de cabeças com Xeka, companheiro de equipa, no embate frente ao Sporting.
O ala direito regressará sem mazelas até porque, recorda Márcio Moreira, já ultrapassou um problema mais grave ainda em idade de formação quando na altura representava o Sacavenense, onde competiu entre os 13 e os 18 anos.
«Quando cheguei ao clube, o Wagner estava a atravessar a recuperação a uma lesão no joelho, uma lesão muito grave que tinha tido, e ajudei ali um bocadinho no processo de recuperação dele. Acabei por ajudá-lo», recordou o na altura treinador e coordenador para a formação do emblema de Sacavém.
Hoje um dos laterais/alas direitos de maior projeção na Liga portuguesa, Wagner Pina era, em tenra idade, um jogador bastante diferente. «Tinha a alcunha de Polvo… Não olhávamos para ele noutra posição se não médio centro. A verdade é que, atualmente, quem fez esta aposta como ala direito fez uma aposta certeira», recorda Márcio Moreira, que se orgulha de ter feito parte do desenvolvimento de uma das peças-chave do Estoril, embora numa posição bem diferente daquela que atualmente ocupa.
«Acredito que hoje em dia os atletas têm que ter um conhecimento global do jogo, têm de saber ocupar todos os espaços», remata o técnico e atualmente um dos coordenadores da Escola Academia Sporting da Póvoa de Santa Iria, próximo de Sacavém, onde trabalhou com Wagner.
Um velho conhecido de apenas 22 anos que acredita que poderá chegar a patamares ainda mais elevados. «Em Portugal, acho que ele pode atingir um clube grande. Um dos grandes portugueses pode aproveitar, os nossos maiores clubes não têm estado a ter sorte com os laterais direitos. Vejo o Sporting, que está ali com algumas dificuldades, o Benfica também…», sugere ainda o antigo treinador do internacional cabo-verdiano do Estoril.