
André Villas-Boas não perdeu a oportunidade de fazer reluzir ainda mais o talento de Rodrigo Mora na montra do Mundial de Clubes, nos Estados Unidos da América. Na véspera da entrada em cena do FC Porto na competição que reúne os melhores clubes de todo o Mundo, o presidente dos dragões participou no podcast 'Men in Blazers' e carregou nos elogios ao camisola 86 dos azuis e brancos.
Na resposta a uma pergunta sobre o talento produzido pelo FC Porto nos últimos anos, com ênfase em Deco, James Rodríguez, Hulk, Falcão, Diogo Jota, Luis Díaz, Casemiro e Vitinha, André Villas-Boas fez questão de acrescentar Mora à lista de craques. "Temos agora, como poderão ver amanhã [hoje], Rodrigo Mora, que acaba de fazer 18 anos. É um futebolista genial, mais um jogador em ascensão, mais uma estrela em ascensão. E sim, nós adoramos o jogo. E penso que isso alimenta ainda mais o talento neste momento. Tecnicamente dotado", considerou o presidente, já depois de ter generalizado sobre o tema.
"Pois bem, a essência do futebol português e dos jogadores portugueses é, provavelmente, a de serem jogadores excepcionais tecnicamente, muito, muito criativos com a bola e a nossa ligação ao jogo é inigualável. Quero dizer, o futebol está na nossa cultura. Assim, temos três jornais diários que nos massacram a toda a hora. E o futebol é essa realidade. Quer dizer, todos os bares e todas as conversas numa casa de família são sobre futebol. Sobre o seu clube de futebol, sobre quem está prestes a ganhar e quem está prestes a trazer mais jogadores e quem está a passar precisamente pelas camadas jovens", acrescentou, voltando, mais tarde, a Rodrigo Mora.
"Penso que o que temos de diferente das outras cinco principais ligas, digamos assim, é o facto de darmos realmente uma oportunidade ao talento. Por isso, é normal em Portugal vermos um miúdo de dezassete ou dezasseis anos em campo. E isto é algo que nos aconteceu recentemente no FC Porto com o Rodrigo Mora e não temos qualquer receio de os colocar na equipa principal. E é por isso que também estamos a cultivar talentos. E as pessoas, na realidade, sonham em estar na equipa principal do Porto e sonham com isso porque esse sonho é alcançável e realizável. E isto, penso eu, é um bom exemplo do que se passa na academia do FC Porto e do que se passa no Sporting e no Benfica", acrescentou o presidente, que já tinha falado de outros temas.
ALMA DE PORTUGAL, PAÍS PESSOAS: "Bem, nós somos, claro, exploradores do mundo, pessoas que foram muito longe. Penso que isso se traduz muito no que nós, treinadores e jogadores, fizemos em diferentes países e culturas. Adoramos as nossas raízes. Estamos ligados à Saudade, por isso temos muitos sentimentos apaixonados e emocionais, valores muito intrínsecos nas nossas comunidades. Temos muitos imigrantes portugueses aqui na América, em Nova Jérsia em particular, por isso estamos muito felizes por estarmos perto deles. Também nos deram muito ao longo do tempo. E eles, sabe, representam também o melhor da cultura portuguesa. Portanto, temos raízes fortes, crenças fortes, pessoas muito emotivas e ligadas, naturalmente, ao Fado e à causa da nossa nação."
COMO É SER PRESIDENTE: "Bem, tenho de escolher as pessoas certas nos lugares certos e acreditar nos seus talentos, para levar o clube para a frente nas diferentes áreas. Por isso, este é provavelmente o aspeto mais delicado de todos: escolher as pessoas certas, porque, no final, está a dar-lhes o controlo. Eu, como treinador, tinha algumas coisas sob o meu controlo, que eram os meus jogadores, a minha tática, a minha equipa. Enquanto presidente, a sua única função é representar o seu povo, que são os adeptos do Porto, que o elegeram, e depois certificar-se de que as pessoas que escolher são capazes de o levar por diante. Eles seguem a nossa visão, o que queremos para o clube, e temos de os colocar nas posições certas para que o seu talento seja posto em prática."
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