
O último apurado para os quartos-de-final da Liga dos Campeões foi encontrado após uma lotaria das grandes penalidades que trouxe felicidade imensa, após um tempo regulamentar pouco conseguido pelo Real Madrid. António Rudiger sentenciou as contas e apurou os merengues, depois de uma vitória por 1-0 do Atlético de Madrid no final do prolongamento.
30 segundos e exaustão
Ainda nem o espectador se tinha instalado propriamente e os colchoneros já estavam a mudar as contas. Foram precisos apenas 30 segundos, após a saída de bola do círculo central do relvado, para Conor Gallagher aparecer na cara de Thibaut Courtois a desviar para o único golo que este jogo viu ser concretizado.
Daí em diante, o o paradigma do jogo foi exatamente o mesmo durante 90 minutos até se chegar a uma exaustão quase clara dos jogadores em campo. O Atlético de Madrid mostrou-se com uma defesa compacta e a apostar na transição rápida rumo à área do guardião belga. O Real Madrid... poucas ideias demonstrou - sendo que a própria defesa colchonera ajudou a isso mesmo.
Foram vários os pontapés de canto que foram aparecendo, mas todos eles se mostraram inconsequentes. Os setores defensivos entreajudaram-se, Jan Oblak e Courtois não deixaram a desejar igualmente.
Depois do intervalo, nada mudou. A falta de ideias merengues e a exibição pouco satisfatória foi o espelho da reação de Carlo Ancelotti durante a totalidade do encontro, onde o Real Madrid em pouco ou nada conseguia desenvencilhar-se no ataque. Mesmo com grandes e talentosas soluções, nada surgia.
Para uma boa dose de esperança, Clement Lenglet derrubou Kylian Mbappé dentro de área e o árbitro prontamente assinalou grande penalidade. Da marca, Vinícius Júnior cedeu à pressão e enviou a bola diretamente para a bancada - um espelho ainda maior de tudo aquilo que o Real Madrid estava a apresentar dentro de campo.
No prolongamento, o paradigma alterou. O lado blanco de Madrid acordou ofensivamente, o lado colchonero de Madrid não se deixou adormecer. Ambas as equipa seguiram em busca do golo de forma incessante, mas nada deu certo de qualquer forma. Foi preciso uma lotaria.
Grandes penalidades. Decisão. Frieza. Exaustão. Tudo passou por dois cruciais momentos: Julian Álvarez, no momento em que bateu na bola, acabou por escorregar e tocou duas vezes na bola. Invalidado. Antonio Rudiger teve nos pés a última bola. Não falhou. A infelicidade assolou um Metropolitano que acreditou até final. A felicidade invadiu o Señor Champions, mais uma vez.