RUI SILVA (6) – O guarda-redes do Sporting teve direito ao melhor lugar do estádio para assistir ao jogo. Porque, fundamentalmente, foi isso que fez, já que não foi chamado a uma defesa que fosse. DE certeza que, em termos de trabalho, teve uma das partidas mais folgadas da carreira. 

QUARESMA (7) – Um dos melhores do Sporting, concentrado a defender e perigoso a atacar, ou não tivesse começado nos seus pés de veludo a jogada do 1-0. Evitou ainda um cabeceamento do desamparado Nélson Oliveira (60), e teve momentos de grande brilhantismo com a bola no pé, pautando os ritmos do jogo. Está cada vez mais jogador. 

DIOMANDE (5) - Começou nervoso, a falhar passes curtos, e teve o seu melhor momento aos 8 minutos, num lançamento longo para Trincão. Saiu aos 24 minutos, após choque frontal com Beni. 

GONÇALO INÁCIO (6) - Fez um jogo personalizado, em que teve de se haver com o atlético Nélson Oliveira, saindo vencedor da maior parte dos lances. Tentou várias vezes a sorte nas bolas paradas ofensivas, mas foi na ação de liderança da defesa (e da equipa, na ausência de Hjulmand) que residiu o seu maior mérito. Coates deve ter gostado do que viu.  

GENY CATAMO (6) – Curiosamente, começou bem o jogo, entendendo-se com Trincão, mas à medida que os minutos iam correndo cedeu claramente à pressão e aos nervos, passando a revelar-se muito mais hesitante, longe do melhor que se lhe (re)conhece. Mas teve a andorinha que fez a sua primavera numa jogada, aos 65 minutos, em que derivou da direita para o meio e rematou de pé esquerdo, fazendo a bola embater com estrondo no poste direito da baliza de Varela.

DEBAST (6) – Viu um cartão amarelo muito cedo, o que pode tê-lo condicionado. Mas a verdade é que nunca falhou defensivamente, mostrando-se uma parede face ao meio-campo vimaranense. Em duas situações contrariou a pouca imaginação que mostra a trinco: aos 45+2 arrancou e foi derrubado por Nélson Oliveira, que viu cartão amarelo, e aos 55 fez o passe para Maxi de que resultou a assistência do uruguaio para o primeiro golo leonino. 

MORITA (6) – Uma segunda parte mais conseguida do que a primeira quando se mostrou tolhido pela responsabilidade do jogo, valendo-lhe então o trabalho defensivo empenhado que realizou. Após o intervalo foi-se soltando para níveis mais habituais, talvez motivado pela bola que ganhou ao segundo poste após canto de Debast, que saiu pouco por cima da baliza vimaranense. Saiu em evidente dificuldades físicas aos 77 minutos. 

MAXI (8) – Bom jogo do internacional uruguaio, que vai confirmando o potencial que se lhe adivinhava. Na primeira parte foi sempre intenso, a defender e a atacar, no flanco esquerdo leonino, e esteve perto do golo, num cabeceamento, em balão, aos 41 minutos. Mas a joia da coroa da sua prestação foi a assistência açucarada que fez a Pedro Gonçalves, no lance do 1-0, onde mostrou altruísmo e lucidez.  

TRINCÃO (6) - Muito preocupado com as obrigações defensivas (o que é de louvar), mostrou-se menos afoito que noutros jogos nas ações de desequilíbrio que costuma protagonizar, ou da direita para o meio, ou nas costas de Gyokeres. Ainda teve um ‘tiraço’ aos 34 minutos, que Varela blocou, mas o Trincão do jogo do título foi, sobretudo, alguém mais preocupado com o coletivo que com o individual. 

GYOKERES (8) – Naquele que, provavelmente, foi o seu último jogo em Alvalade, o sueco deu tudo o que tinha, entregando-se à luta com a generosidade que faz parte do seu ser futebolístico. Criou perigo aos 31 minutos, quando obrigou Varela a boa defesa, e voltou a ser travado pelo guarda-redes vitoriano aos 45+4. Sem nunca se resignar com a falta de espaço, ajudou nas bolas paradas defensivas e deixou a sua marca ao trabalhar de forma excelente um bom passe de Pedro Gonçalves, para colocar o Sporting a vencer por 2-0. Antes do fim ainda teve um bom passe para Quenda, que Varela intercetou. 

ST. JUSTE (6) - Substituiu Diomande aos 25 minutos, ficando com o mesmo posicionamento no eixo da defesa, à qual deu maior profundidade. Não pareceu afetado pelo ambiente, e mais uma vez ficou a certeza de que se não fosse uma persistente debilidade física estaríamos perante um defesa de exceção.  

QUENDA (5) – Entrou aos 77 minutos para o flanco esquerdo, à frente de Maxi. Integrou-se bem na equipa. 

HARDER (-) – Sem tempo para fazer a diferença.

MATHEUS REIS (-) – Reforçou o processo defensivo. 

FRESNEDA (-) – Deu mais fôlego à direita da defesa.