Toni deitou um olhar sobre o decurso do campeonato. À margem da apresentação do livro sobre a vida de Antó Simões, a glória do Benfica afirmou que ainda é cedo para fazer grandes projeções, por se tratar de uma prova de "resistência", mas fez questão de dizer que está expectante para ver o próximo encontro do encarnados.

"Antes da viragem do ano, há jogos importantes para as equipas portuguesas. Quer Benfica e Sporting na Champions, FC Porto e Sp. Braga na Liga Europa... o próprio V. Guimarães que está a fazer uma Conference League de grande nível. E ainda bem, porque são cinco equipas que estão a somar. Antes do novo ano há o eterno dérbi. Até lá há o jogo com o Vitória [no próximo sábado], que vai ser muito interessante. Estou muito interessado em ver porque pode desfazer algumas dúvidas minhas", disse Toni, acrescentando:

"Acabámos de entrar no segundo terço do campeonato. É uma maratona, uma prova de resistência. Há altos e baixos. Pode fazer-se uma leitura do que foi feito até agora. O FC Porto, por exemplo, já jogou com algumas equipas do topo da tabela e tem duas derrotas, frente a Benfica e Sporting, no reduto dos seus rivais. No caso do Benfica ainda só jogou com o FC Porto em casa e ainda não jogou com o Sporting. Penso que vai ser um campeonato discutido até ao fim. Não estou a dizer novidade nenhuma. Se o Sp. Braga encurtar distâncias... há duas ou três equipas que estão a fazer um campeonato muito bom. O Santa Clara está a fazer um grande campeonato. O V. Guimarães está a fazer uma época brilhante. O Moreirense a fazer também um excelente campeonato. Entre os grandes há desequilíbrios, mas cada vez mais os pequenos estão melhor estruturados e organizados. Há cinco ou seis equipas, abaixo do Sp. Braga, difíceis de bater."

Deixando de lado os clubes, Toni falou também sobre a Seleção, concretamente sobre as expectativas para o Mundial 2026. "Quando era para o Europeu andávamos sempre a pensar se era o tal... e o tal foi em 2016. Há grandes seleções, quer na Europa, quer na América do Sul. Nós estamos as melhores da Europa e, por isso, num Mundial estaremos entre as melhores do Mundo. Ninguém parte para uma competição a pensar pequeno. As expectativas são sempre grandes. Já foi o tempo de pensar pequeno."

Quanto ao amigo António Simões, a glória do Benfica só reserva elogios. "Este livro das memórias... ali está um percurso com muitas vitórias, que marcam a história do futebol português e Mundial. Se estávamos a falar das memórias... a primeira que me ocorre é que o Simões fez o papel de integrar os jogadores que vão chegando. O Simões ajudou-me a integrar num clube com a dimensão do Benfica. Após os treinos, levou-me algumas vezes a Sesimbra, à praia. Nasceu ali uma amizade. Tem uma personalidade muito forte. O Simões esteve para ir para o Boca Juniors em 1967. Numa digressão, ele faz uma exibição monstruosa contra o Boca, mas naquela altura havia coisa que era o direito de opção e não foi possível concretizar, como não foi possível concretizar a do Eusébio para Itália. O Simões é frontal, amigo do seu amigo. Por parte do Simões houve sempre respeito pelos outros clubes. Ganhou respeito e admiração. O muito que era Eusébio, que era transversal... o Simões podemos incui-lo nesse naipe."