
Quando José Mourinho chegou ao Manchester United, em 2018, era esperada uma pequena revolução no plantel dos red devils, numa tentativa de reverter uma situação que era tudo menos positiva. Um dos nomes que na altura foi colocado em dúvida foi o espanhol Juan Mata, não por não ser um elemento importante no grupo - porque até tinha sido figura nas duas épocas anteriores - mas antes pelo passado entre ambos. Isto porque, anos antes, em 2014, quando estavam no Chelsea, o português acabou por prescindir do espanhol, algo que fez a família deste temer o pior. E até verbalizá-lo numa conversa com o craque.
A história desse episódio foi lembrada pelo próprio Juan Mata, numa conversa com o antigo guarda-redes Ben Foster, no seu podcast Fozcast. "A primeira chamada que recebi foi da minha família, com o meu avô a dizer-me 'tens de sair. O que vai acontecer agora?'. E eu disse-lhe 'Não. Vou ficar e ver como as coisas correm. Não tenho nenhum problema com ele e ele não tem problemas comigo'. É uma das coisas das quais mais me orgulho na minha carreira. Manter-me calmo e dizer 'não, vou tentar mostrar que posso jogar no estilo de jogo dele'. E assim o fiz. E a nossa relação foi muito natural. Na verdade, temos uma boa relação. Joguei e ganhámos coisas juntos. Joguei todas as finais, senti-me importante no plantel. A minha família depois disse-me 'okay, tens razão', mas eles estava a entrar em pânico", lembrou o criativo, que agora, aos 37 anos, representa os australianos do Western Sydney Wanderers.
E a verdade é que, apesar do receio, Mata foi mesmo um jogador importante com Mourinho, sendo titular em duas das finais (Taça da Liga e Liga Europa) que este orientou no comando técnico do Man. United. Disputou quase 100 partidas sob o comando do português em duas temporadas e meio, tendo curiosamente perdido espaço pouco depois da saída deste em dezembro de 2018. Ainda assim, ficou no clube até 2022, quando rumou ao Galatasaray.