Salomé Afonso destacou esta sexta-feira a sua resiliência psicológica, após ter conseguido agarrar nos últimos segundos o acesso à final dos 1.500 metros em pista curta, nos Campeonatos do Mundo de Atletismo, em Nanjing, China.

"Foi sem dúvida uma prova muito psicológica: quando entrei na última volta, não me sentia incrível, mas sei que mesmo estando fatigada, uma das minhas melhores características é conseguir ir buscar um extra", descreveu à agência Lusa a atleta, que terminou em terceiro lugar na terceira série das eliminatórias, seis milésimos à frente da quarta classificada, a canadiana Lucia Stafford.

A portuguesa conseguiu manter-se durante grande parte da prova na terceira posição, mas acabou por ceder o lugar nos últimos 250 metros e, finalmente, alcançar a reviravolta, já nos derradeiros 30.

"Quando entrei na última reta, a canadiana houve uma altura em que se chegou um bocado mais à frente, mas eu pensei: é a reta final e isto tu consegues. Foi essa crença", disse, realçando: "Felizmente foi Portugal que saiu mais feliz".

A final realiza-se no domingo, às 20:28 locais (12:28, em Lisboa) e Salomé acredita que pode sair da China com um "grande recorde pessoal".

"Até há uma semana não tinha a certeza se viria ao Campeonato do Mundo, mas acho que foi esta mentalidade competitiva que tenho muito presente em mim que me fez vir cá", vincou.