
Ruben Amorim concedeu, esta quarta-feira, uma conferência que serviu como antevisão à final da Liga Europa, frente ao Tottenham (dia 21, 20h00), e ao próximo jogo da Premier League, diante do Chelsea (sexta-feira, 20h15). Na sala de imprensa, o treinador português falou sobre a decisão que tomou de pagar a viagem à final da Liga Europa às famílias de 30 elementos do seu staff e, pelo meio, explicou o que queria dizer quando, recentemente, frisou que deixaria o Manchester United se a situação do clube continuasse como está atualmente.
"É simples", começou por referir, quando questionado sobre as viagens para a final da Liga Europa. "Vocês sabem que há muita coisa a acontecer. Pessoas a sair, muitas mudanças no staff. Para um clube como o nosso, às vezes é difícil perceber o momento certo para dar algo ou para retirar algo. Torna-se complicado para o clube, é uma situação muito difícil. As coisas foram-me explicadas e a minha reação foi ajudar. Não tem a ver com ser boa pessoa, é algo que não vai mudar a minha vida. Depois, falei com os jogadores e eles tiveram a mesma ideia. Toda a gente quer que o staff lá esteja, mas é difícil gerir as coisas aqui dentro", explicou.
O Dalot vai estar disponível para a final?
"Ele está a tentar, a tentar muito. Mas não quero arriscar. Quando começas a ter uma lesão, depois outra, começa a ser algo sério. E não podemos ter problemas destes. Veremos, mas ele está a esforçar-se muito para poder estar na final".
Sente que toda a gente no clube está a remar na mesma direção?
"Jogar uma final é diferente, mas têm de perceber que esta é uma situação complicada para toda a gente. Os resultados não são bons, o staff está a mudar... Dá para sentir isso no clube. Mas garanto que, quando estamos a preparar um jogo de Liga Europa, o ambiente é um bocadinho diferente. E conseguimos sentir o entusiasmo".
Disse que deixaria o clube se a situação continuasse como está...
"Desde que cheguei, sempre falei de padrões. E não consigo ver a equipa a ter os resultados que está a ter na Premier League sem assumir as minhas responsabilidades. Tenho uma ideia clara em relação ao que fazer. Sei quais são os problemas da equipa. Estou longe de sair. Mas precisamos de melhorar. Se não melhorarmos, vão procurar alternativas...".
Falou com Mourinho antes desta final de Liga Europa?
"Não, não falámos. Ele também tem trabalho para fazer no Fenerbahçe... Seria ótimo conquistarmos a Liga Europa, podermos dar algo aos nossos adeptos. Não é importante se sigo as pisadas de Mourinho ou de outro treinador. O mais importante é a maneira como este título nos poderá ajudar a voltar o mais rapidamente possível ao topo".